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Boas notícias para a Europa

Presidente

Diálogo e um maior entendimento mútuo definem agora o relacionamento entre a UEFA e as instituições políticas europeias, como o Presidente da UEFA, Michel Platini, refere na uefadirect.

Boas notícias para a Europa
Boas notícias para a Europa ©UEFA.com

O Presidente da UEFA, Michel Platini, sublinhou o espírito de diálogo e ambiente positivo que existe nas relações entre a UEFA e as autoridades políticas europeias.

No seu artigo na última edição da uefadirect, publicação oficial da UEFA, Michel Platini descreveu como a falta de entendimento mútuo culminou, em 1995, com a sentença da "lei Bosman" - que viria a mudar sobremaneira a paisagem futebolística europeia – tem sido substituída ao longo dos anos por um novo ambiente na qual ambos os lados deram conta da necessidade de abandonarem posições de confronto.

"O relacionamento entre a UEFA e a União Europeia (UE), ou Comunidade Europeia (CE) como era conhecida, não se estabeleceu sobre as melhores fundações", reconheceu o Presidente da UEFA. "A organização que tutela o futebol europeu era vista como sendo arrogante e procurando contornar a legislação da CE devido à natureza específica do desporto – uma noção que não era óbvia para aquelas pessoas que estavam fora do futebol, quanto mais não fosse devido às diferentes mensagens dos que estavam inseridos na modalidade, com os clubes, Ligas, federações e jogadores a manifestarem opiniões diferentes".

"A UEFA, por seu lado, estava irritada pela interferência crescente das instituições europeias em assuntos com os quais o futebol estava habituado a lidar sozinho, de acordo com princípios há muito estabelecidos", acrescentou. "Também censurava o facto de o futebol ser tratado como qualquer outra actividade económica, apesar de o patamar profissional deste desporto formar somente o topo de uma pirâmide na qual todas as outras camadas estão interligadas".

Em Dezembro de 1995, o Tribunal Europeu de Justiça determinou a "Sentença Bosman", que dizia respeito ao jogador belga Jean-Marc Bosman, o qual, de acordo com Michel Platini, "arruinou o sistema de transferências então vigente e proíbiu quaisquer restrições relacionadas com nacionalidades de futebolistas oriundos de países da UE".

O Presidente da UEFA garante que o rescaldo da "Sentença Bosman" viu o futebol e as autoridades políticas europeias adoptarem uma abordagem diferente. "Subsequentemente, apesar de nunca ter abandonado as suas convicções, o futebol deu conta de que não tinha nada a ganhar com confrontações e que o caminho seria através do diálogo e de um maior entendimento mútuo".

"A UE adoptou uma abordagem semelhante e, desde então, persuadiu a generalidade das pessoas que o futebol e o desporto não podem simplesmente ser definidos pelo seu patamar profissional, mas que também têm um elevado valor social e pode, por isso, agir como uma poderosa ferramenta de integração social".

Agora, explica Michel Platini, existe um clima diferente entre o futebol e a UE. "Já se vêem os frutos deste clima muito mais sereno. O reconhecimento, no Tratado de Lisboa, da natureza específica do desporto representa certamente um marco importante no relacionamento entre a UE e as autoridades desportivas".

"Outro desenvolvimento bastante positivo aconteceu no Luxemburgo, onde o Tribunal Europeu decidiu em favor de uma compensação monetária pela formação de um jovem jogador quando este sai do clube que o formou para outra equipa após a conclusão do processo de formação. Mais: o Tribunal Europeu especificou que a compensação deverá ser calculada tendo como base o custo total do processo de formação e não apenas os valores que dizem respeito apenas ao jogador".

A Comissão Europeia também convidou a UEFA a contribuir para o Pavilhão Europeu na Expo Mundial 2010, cuja inauguração está agendada para Maio, em Xangai, na China. "Este é um sinal do reconhecimento da importância social do futebol e é algo do qual devemos estar bastante orgulhosos", frisou Michel Platini.

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