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Ricardinho e Cary recordam triunfo histórico de Portugal

Ricardinho e Pedro Cary recordam ao UEFA.com a vitória de Portugal no Futsal EURO 2018, em Ljubljana, quando passa exactamente um mês sobre esse acontecimento histórico.

Ricardinho, capitão de Portugal, ergue o troféu do UEFA Futsal EURO após a vitória na final sobre a Espanha
Ricardinho, capitão de Portugal, ergue o troféu do UEFA Futsal EURO após a vitória na final sobre a Espanha ©Sportsfile

O capitão Ricardinho (156 jogos/135 golos) e o sub-capitão Pedro Cary (141/34) recordam ao UEFA.com a vitória de Portugal no Futsal EURO 2018 e os momentos vividos depois, numa altura em que passa exactamente um mês sobre esse acontecimento histórico em Ljubljana.

Finalista vencido em 2010 – quando perdeu frente à Espanha, por 4-2, num torneio em que o mágico Ricardinho não participou devido a estar lesionado, ao contrário de Cary –, Portugal bateu desta feita o mesmo adversário por 3-2, após prolongamento, e conquistou pela primeira vez o troféu.

"Se não tivesse vencido
a minha carreira ficaria incompleta"

Veja o resumo da final: Portugal 3-2 Espanha

Ricardinho: Queria muito ganhar. Não queria ficar na carreira sem ter ganho alguma coisa com a minha selecção nacional. Estou a jogar ao mais alto nível há vários anos, a ganhar títulos em todo o lado, mas se não tivesse vencido a minha carreira ficaria incompleta. Ganhar algo com a seleção nacional é incrível. É um sentimento diferente, é algo que faz parar o país. A recepção que tivemos em Portugal foi incrível. Fomos recebidos pelo Presidente [da República, Marcelo Rebelo de Sousa], e havia tanta gente... É algo que nunca irei esquecer.

Além disso, ganhámos contra os melhores. Vencemos a Rússia nas meias-finais e a Espanha na final, num grande jogo. Foi um sentimento indescritível conquistar o troféu e é algo que vai ficar para sempre na memória.

Pedro Cary: Foi um triunfo inédito e temos bem a noção disso. Lá [em Ljubljana] não tivemos a consciência do feito que alcançámos, mas aqui [em Portugal], com todas as mensagens e todo o carinho das pessoas, sentimos que estavam a acompanhar-nos e também pensavam que era possível. E, nestas coisas, acreditar muitas vezes faz a diferença. O título ficou muito bem entregue à equipa que mais acreditou e que foi mais consistente ao longo do torneio.

[Erguer a taça] É um descarregar de emoções que ainda hoje é sentido. São coisas que acontecem poucas vezes na vida. Ainda hoje é arrepiante e muito emocionante falar disso.

"Criámos um grupo de '14 bons rapazes'
em que funcionou a cumplicidade entre todos"

Pedro Cary festeja após o triunfo sobre a Espanha
Pedro Cary festeja após o triunfo sobre a Espanha©Sportsfile

Ricardinho: Foi pena não conseguir jogar toda a final [devido a uma lesão num tornozelo ocorrida durante o prolongamento], mas os meus companheiros mostraram a nossa união, que tínhamos muita qualidade e éramos uma equipa muito boa. Foi uma excelente final, a Espanha foi melhor do que nós em muitos momentos, mas o resultado é o que importa. Acreditámos sempre e no fim tivemos a recompensa.

Pedro Cary: O segredo esteve, acima de tudo, no colectivo e na capacidade de cada jogador perceber o seu lugar na equipa. Isso nem sempre é fácil. Conseguimos criar um grupo – e esta expressão é do João Matos – de “14 bons rapazes” que, ao longo do torneio, com o trabalho fantástico do Jorge Braz e da sua equipa técnica, e da Federação [Portuguesa de Futebol], foram acreditando que era possível. O colectivo e a cumplicidade entre todos acabou por funcionar.