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Análise a uma selecção portuguesa que sonha alto

Antes do início da campanha de Portugal no EURO Futsal de 2018, olhamos para os recentes desempenhos na qualificação e na fase final, os rivais na fase de grupos e o plantel luso.

O timoneiro (Jorge Braz) e a principal referência (Ricardinho) de Portugal
O timoneiro (Jorge Braz) e a principal referência (Ricardinho) de Portugal ©Sportsfile

Começa amanhã a campanha de Portugal no UEFA EURO Futsal de 2018, uma prova que a comitiva lusa pretende que seja bem sucedido, com direito a medalha.

Portugal apurou-se para o torneio após mais uma fase de qualificação irreprensível, só com vitórias, mantendo a tendência desde que a competição passou a ser disputada em anos pares: 13 vitórias, um empate e uma derrota; 63 golos marcados e 17 sofridos.

Trata-se da nona participação da formação lusa, num total de 11, e a oitava seguida, o que faz do país o terceiro com mais presenças na prova. E se nas três primeiras a equipa das "quinas" não passou da fase de grupos, nas seguintes atingiu sempre a fase a eliminar, onde o seu melhor desempenho foi o segundo lugar, em 2010, enquanto na edição anterior se ficou pelos quartos-de-final, eliminado pela Espanha, futura campeã.

Pela frente na fase de grupos da prova a realizar na Eslovénia, Portugal vai encontrar Ucrânia e Roménia. No caso dos romenos é um reencontro, visto terem-se defrontado na qualificação, com Portugal a vencer por 4-0 e remetendo o adversário para o "play-off".

Para além disso, também mediram forças nas qualificações dos dois torneios anteriores (Campeonato do Mundo e EURO, ambos de 2016), com dois triunfos lusos, por 5-0 e 4-1, respectivamente. Antes disso teve lugar o único duelo oficial, quando em 2007, no EURO realizado em Portugal, os anfitriões ganharam por 3-0 e conseguiram o apuramento no segundo lugar, à custa dos romenos. A nível de amigáveis, realizaram-se dois, em 2010, com Portugal a manter a invencibilidade (vitória por 7-2 e empate a um golo).

Diante da Ucrânia o histórico de confrontos é menor mas nem por isso menos positivo, e com a curiosidade de todos os jogos terem acontecido em 2014. O primeiro foi em Março, nos quartos-de-final do EURO 2014, terminando com uma vitória lusa por 2-1, enquanto os restantes foram amigáveis, em Dezembro, com uma vitória (5-2) e um empate (1-1) para Portugal.

A nível de plantel, este tem sofrido poucas alterações e continua a assentar num núcleo duro formado por jogadores experientes como Bebé, Bruno Coelho, Pedro Cary, João Matos e o inevitável Ricardinho. Em 2016, dez jogadores disputaram o EURO e o Mundial, e desses apenas dois não estão convocados para esta competição, sendo que dos restantes oito apenas um não participou na fase de qualificação. Num grupo que continua a basear-se nos principais talentos de Sporting CP e SL Benfica, as maiores potências nacionais na modalidade, como novidades destacam-se André Coelho (Benfica), Nílson (SC Braga), Márcio (AD Fundão), Pany Varela (Sporting) e Tunha (Os Belenenses).

Mas a estrela da companhia continua a ser Ricardinho. Vencedor de vários títulos nacionais pelo Inter Movistar, umas das melhores equipas da actualidade, de duas UEFA Futsal Cup e cinco vezes eleito Melhor Jogador do Mundo (um recorde), o ala já confessou que só lhe falta ganhar um título pela selecção para se sentir preenchido.

Já o treinador Jorge Braz, aquando do anúncio dos convocados, mostrou ambição, ao afirmar: "Somos terceiros no 'ranking', por isso ficar abaixo do terceiro lugar no torneio é impensável. Temos consciência que não somos favoritos, mas somos candidatos e temos o sonho claro sobre qual a medalha que ambicionamos".