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Coragem para sorrir

Azerbaijão 3-3 Portugal (3-5 nas grandes penalidades)
A equipa portuguesa não voltou a cair nas meias-finais, como em 2007, com Gonçalo Alves a não vacilar na hora da verdade.

Cardinal voltou a facturar com a camisola de Portugal
Cardinal voltou a facturar com a camisola de Portugal ©Sportsfile

Portugal vai marcar pela primeira vez presença na final de um Campeonato da Europa de Futsal, após vencer esta quinta-feira em Debrecen o estreante Azerbaijão, por 5-3 no desempate por grandes penalidades, após o 3-3 registado no tempo regulamentar. A equipa de Orlando Duarte não conseguiu repetir a exibição que tinha detroçado a Sérvia, mas evitou voltar a cair nas meias-finais, algo que tinha sucedido em 2007, no Porto.

Arma secreta resulta
O Azerbaijão, que já se apresentava desfalcado do lesionado Alves, surpreendeu ao deixar o influente Biro Jade no banco, mas não foi preciso esperar muito para compreender o porquê de tal aposta. Portugal dominou os instantes iniciais do encontro e teve sempre a bola em seu poder, mas quando a situação se inverteu o Azerbaijão lançou de imediato Biro Jade para alinhar como quinto jogador de campo. Os azeris reconheciam, provavelmente, a maior capacidade portuguesa e procuravam fazer a diferença na superiodade no ataque. E a estratégia redundou mesmo no 1-0 aos oito minutos. A bola foi rodada na perfeição e chegou ao lado esquerdo, onde Serjão cruzou para o último desvio de Thiago.

Azeris letais
O tento não fez vacilar a equipa portuguesa, que logrou empatar apenas três minutos volvidos, quando Arnaldo recuperou a bola no meio-campo adversário, disso se aproveitando Cardinal para facturar com o pé esquerdo. O Azerbaijão não regressou ao esquema que lhe tinha concedido uma vantagem madrugadora, mas acabou por voltar a revelar-se letal no aproveitamento dos erros alheios. Uma perda de bola do ataque português permitiu um contra-ataque rápido e em superioridade numérica, com Felipe a assinar um belo remate ao ângulo superior contrário. Portugal tentou ripostar, mas formação de Orlando Duarte ia denotando muitas dificuldades para imitar o excelente desempenho que lhe tinha valido uma goleada frente à Sérvia na ronda anterior.

Reviravolta
O rendimento de Portugal no reatamento não sofreu a melhoria necessária para encostar o adversário às cordas e foi mesmo o Azerbaijão que ficou muito perto do 3-1 aos 23 minutos, quando desvio subtil de Rizvan Farzaliyev levou o esférico a embater no poste. O nervosismo do lado português reflectiu-se e de que maneira nas faltas cometidas, chegando às cinco com 15 minutos por disputar. Contudo, e numa altura em que Portugal parecia passar pelo seu período mais complicado, João Matos restabeleceu a igualdade aos 28 minutos, ao concluir à boca da baliza uma assistência de Pedro Costa, antes deste operar a reviravolta no marcador no minuto seguinte, aproveitando um erro de Vitaliy Borisov.

Penalties decidem
Poderia pensar-se que o mais difícil estava conseguido e que a equipa portuguesa ia, finalmente, assentar o seu jogo, mas Biro Jade tinha outras ideias e fez o 3-3 a 11 minutos do fim, com Bebé a ser traído por um ligeiro desvio em Gonçalo Alves. A terceira recuperação da noite colocou um travão no risco assumido pelas duas equipas, até porque o cronómetro ia avançando e o receio de sofrer um potencial golo decisivo ia "amarrando" os jogadores. Assim, foi sem surpresa que a partida teve de ser decidida no desempate por grandes penalidades. Aí, apenas o azeri Thiago não conseguiu converter o seu castigo máximo, cabendo a Gonçalo Alves converter o remate decisivo. Estava lançada a festa portuguesa, faltando agora saber se a final de sábado será frente à Espanha ou à República Checa.