Campeões passeiam classe

A Espanha, detentora do título do Campeonato da Europa de Futsal, vai defrontar Portugal na final de sábado, depois de mais uma exibição plena de virtuosismo ter ajudado a eliminar a República Checa.

Triunfo confortável
Ao intervalo o marcador já assinalava 4-0, depois de a Espanha ter facturado por três vezes em movimentos inteligentes, antes de o guardião Luis Amado ter também ele marcado, rematando para a baliza vazia. Após o intervalo, seguiram-se mais quatro golos. Agora, a Espanha espera repetir no domingo a vitória sobre Portugal na fase de grupos, por 6-1, e conquistar o terceiro Europeu consecutivo. Quanto à República Checa, vai tentar recuperar deste desaire quando enfrentar o Azerbaijão, no jogo de atribuição do terceiro lugar.

Espanha na frente
A Espanha tinha ganho os dez jogos anteriores frente à República Checa, e começou de forma confiante frente ao adversário, que não podia contar com Marek Kopecký, castigado. No segundo minuto, Kike rematou ao lado e viu outro disparo seu ser defendido por Libor Gerčák, herói checo no jogo dos quartos-de-final, decidido nos penalties. Mas o defesa espanhol rapidamente contribuiu para um golo, cruzando da direita para o lado oposto, onde surgiu o capitão Javi Rodríguez a cabecear para a baliza desguarnecida. No entanto, não se pense que a República Checa estava a ser dominada, com Amado a ser chamado a intervir diversas vezes em alturas cruciais, mas Ortiz e Jordi Torras também davam trabalho a Gerčák. E foi Ortiz quem aumentou a vantagem, começando uma boa jogada envolvente, que depois se encarregou de concluir com um remate vitorioso, de ângulo apertado, depois de ter sido isolado por Fernandao.

Amado marca
Era então chegada a altura de uma táctica familiar neste torneio por parte dos checos, com David Frič a fazer de guarda-redes-avançado, apesar de trocar regularmente com Gerčák, que evitou novo golo a Javi Rodríguez. A Espanha movimentava-se bem no ataque e, por duas ocasiões, Gerčák interpôs-se aos remates de Daniel. No entanto, a perna esticada do guardião não foi suficiente para evitar o golo de Ortiz, num remate de longe. Depois, novamente com Frič na baliza, Amado agarrou uma bola rematada por Lukáš Rešetár e logo de seguida atirou para a baliza contrária, fazendo o seu primeiro golo em 11 anos de participações nas provas da UEFA.

Habilidade de Borja
Apesar de ser muito difícil recuperar quatro golos de desvantagem, tal como tinham feito contra a Hungria, os checos começaram a segunda parte mais dinâmicos, e Martín Dlouhý desmarcou Rešetár, que rematou ligeiramente ao lado, enquanto Amado negou o golo a Michal Belej, logo a seguir. Mas a Espanha fez o quinto golo, com Borja a receber um passe de Kike e a demonstrar excelente controlo de bola para contornar Gerčák e empurrar para a baliza. Fernandao fez o sexto, depois de um bom trabalho de Lin, e o veterano Daniel apontou os dois últimos golos. O tento de consolação checo, da autoria de Martín Dlouhý, evitou que a República Checa sofresse uma derrota-recorde na fase final de um Europeu, estabelecida quando a Espanha bateu a Bielorrússia por 9-1, neste mesmo recinto, na passada quarta-feira.