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Paciência de Gerčák recompensada

O guarda-redes Libor Gerčák defendeu três penalties na vitória da República Checa sobre a Itália, mas confessou ao uefa.com ter tido "sorte", quando se prepara agora para defrontar a Espanha.

Libor Gerčák defende o segundo penalty da Itália nos quartos-de-final
Libor Gerčák defende o segundo penalty da Itália nos quartos-de-final ©Sportsfile

Libor Gerčák chegou ao Campeonato da Europa de Futsal de 2007, disputado no Porto, como guarda-redes titular da República Checa, mas acabou por sair lesionado logo no primeiro encontro da fase final, do qual a sua selecção saiu derrotada pela Roménia, por 8-4. Na segunda-feira, surgiu de surpresa para defender a baliza checa nos quartos-de-final do Europeu de 2010, frente à Itália, e acabou por ser decisivo no desempate por pontapés da marca de grande penalidade, ao defender três penalties.

Escolhas
Tomáš Meller foi o guardião titular dos checos nos seus dois encontros da fase de grupos na Hungria, mas o seleccionador Tomás Neumann apostou na experiência de Gerčák para o encontro com a Itália, ante a qual muitos anteviam a derrota. O jogador, de 34 anos, teve muito trabalho para segurar o empate 3-3 no final dos 40 minutos e, depois, defendeu três penalties dos italianos, oferecendo o apuramento à sua selecção, mercê do triunfo de 3-1 no desempate por grandes penalidades rumo às meias-finais, onde vai agora medir forças com a Espanha, naquela que é já o melhor desempenho checo no Campeonato da Europa de Futsal desde 2003.

Sorte
"Tive sorte, algo indispensável aos guarda-redes", admitiu Gerčák ao uefa.com. "Estive na fase final em 2007, em Portugal, e lesionei-me no primeiro jogo. Agora, estou feliz por ter tido oportunidade de jogar". E contente ficou com as defesas efectuadas nos penalties. "Não é a minha especialidade, depende sempre muito da sorte", acrescentou. "Mas também jogo futebol e aí sou bastante bom a defender penalties, mas, acima de tudo, é uma questão de sorte".

Sem inveja
Ser o guarda-redes suplente pode ser uma experiência frustrante, mas Gerčák não tem quaisquer problemas no facto de ser a segunda opção, em detrimento de Meller. "Não sinto inveja", garantiu o guardião do Nejzbach Vysoké Mýto. "O Tomáš tinha-se apresentado em melhor forma nos últimos jogos. Mas somos uma equipa, por isso o problema não se coloca. Estou feliz por continuar a fazer parte da equipa ao fim de três anos e isso é o mais importante para mim. Tive uma oportunidade e tentei mostrar que era merecida".

Excelente espírito
Tem sido uma campanha de grandes emoções para a República Checa, que precisou de dois golos no último minuto frente à Croácia para se qualificar para esta fase final, onde se estreou com uma pesada derrota por 6-1 ante o Azerbaijão, antes de recuperar de uma desvantagem de 4-0 para bater a anfitriã Hungria por 6-5 e, assim, rumar aos quartos-de-final. E, segundo os jogadores checos, tal perseverança deve-se ao espírito vivido no seio da selecção. "Damo-nos todos muito bem", explicou Gerčák. "Somos uma verdadeira equipa, onde ninguém tenta jogar sozinho. Gostei muito de poder jogar contra a Itália, mas também me entusiasmei nos jogos em que esteve o Tomáš na baliza". Agora, segue-se a Espanha, campeã da Europa em título. "Naturalmente que é uma grande oportunidade para nós poder defrontá-los, e estamos ansiosos por o fazer".