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O céu é o limite

Sérvia 1-5 Portugal
A selecção de Orlando Duarte deu, finalmente, uma prova cabal de todo o seu valor e vai defrontar o Azerbaijão nas meias-finais.

Joel Queirós e Israel festejam um dos golos de Portugal ante a Sérvia
Joel Queirós e Israel festejam um dos golos de Portugal ante a Sérvia ©UEFA.com

Portugal vai defrontar o Azerbaijão nas meias-finais do Campeonato da Europa de Futsal, após derrotar esta terça-feira a Sérvia, por 5-1, em Budapeste. Depois da pálida imagem deixada na fase de grupos, onde acumulou um empate e uma derrota, a selecção de Orlando Duarte deu, finalmente, uma prova cabal de todo o seu valor.

Mais perigosos
Depois das três partidas anteriores dos quartos-de-final terem sido todas decididas no desempate por grandes penalidades, não foi de surpreender que o arranque do encontro de Budapeste fosse marcado por um forte equilíbrio. Esse cenário esteve prestes a ser desfeito por Arnaldo, mas o capitão não foi feliz na finalização. Marko Perić, por sinal o jogador mais influente do lado sérvio, respondeu quase logo a seguir, mas, depois de fazer tudo bem, deixou-se antecipar. Arnaldo voltou a aparecer no encontro aos 12 minutos e mais uma vez sem efeito, antes de Pedro Costa desperdiçar aquela que era, até à altura, a melhor oportunidade da noite, valendo à Sérvia a corajosa defesa do seu guardião Vladimir Ranisavljević.

Joel Queirós marca
Decorrido um minuto e foi a vez de João Matos obrigar o guardião contrário a mais uma atenta intervenção, mas o ascendente português acabou mesmo por ser premiado quando faltavam sete minutos para o intervalo. João Matos efectuou um excelente corte no chão e possibilitou a Joel Queirós recuperar o esférico em zona frontal. O avançado não se fez rogado e, depois de uma pequena contemporização, rematou rasteiro e de pé esquerdo, sem qualquer hipóteses de defesa para Ranisavljević. O 1-0 não mudou o rumo dos acontecimentos e foi Portugal a revelar-se sempre mais incisivo nas suas investidas no ataque, perante uma Sérvia que ia sentindo dificuldades para provocar desequilíbrios na concentradíssima equipa portuguesa.

Aposta de mestre
Portugal abordou a segunda parte com a forte disposição de continua a mostrar que conhecia perfeitamente o adversário, mas foi precisamente a atacar, ou melhor, a contra-atacar que a equipa de Orlando Duarte provou que preparou este encontro ao milímetro. Novo fracasso no ataque sérvio viu a bola morrer nas mãos de Bébé, com Cardinal e substituir rapidamente um colega e a partir isolado em direcção à baliza, tendo revelado a frieza necessária para assinar o 2-0 já de ângulo apertado. A Sérvia tentou recuperar de imediato e lançou-se no ataque, mas abriu uma autêntica avenida para os contra-ataques portugueses, algo que permitiu a Joel Queirós bisar aos 30 minutos. Portugal ficava a um curto passo das meias-finais.

Azerbaijão no horizonte
A jogar como preferem, em contra-ataque e apostando no erro do adversário, os jogadores portugueses iam dando um recital dentro das quatro linhas. Sem nada a perder, a Sérvia apostou num quinto jogador de campo a oito minutos do fim, mas Portugal estava imparável e Leitão assinou o 4-0 um minuto volvido, na sequência de um brilhante "chapéu". Uma rara perda de bola de Pedro Cary ainda deu origem ao tento de honra da Sérvia, aos 37 minutos, mas nada impediu a festa portuguesa, com Arnaldo ainda a ter tempo para  fechar a contagem aos 39 minutos, fruto de um fantástico trabalho individual. A imagem ideal para ilustrar uma noite memorável e a certeza de que o desempenho em 2007, no Porto, vai ser, no mínimo, repetido.