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Erros pagam-se caro

Orlando Duarte, seleccionador de Portugal, lamentou os erros que levaram à derrota ante a Espanha, mas lembrou que a partir de agora tudo poderá acontecer, a começar já pela Sérvia.

Portugal não conseguiu evitar uma pesada derrota frente à Espanha
Portugal não conseguiu evitar uma pesada derrota frente à Espanha ©Sportsfile

A pesada derrota por 6-1 frente à Espanha colocou Portugal no segundo lugar do Grupo D e nos quartos-de-final do Campeonato da Europa de Futsal, tendo o seleccionador português, Orlando Duarte, lamentado os erros que conduziram ao desaire em Debrecen. Apesar disso, o sentimento predominante é de que continua tudo em aberto quanto a uma boa campanha na prova, isto quando um embate ante a Sérvia está já no horizonte.

Orlando Duarte, seleccionador de Portugal
Quem está minimamente por dentro do futsal sabe que a Espanha é superior a nós, não muito, mas ainda assim superior. Fomos fortes na defesa e eles não estiveram tão bem no campo ofensivo porque nós não os deixámos. Não podemos justificar o facto de os jogadores terem perdido um pouco a calma, mas quem sabe: talvez voltemos a defrontar a Espanha na final. Seria certamente uma história diferente. Pensávamos que estavamos prontos para as bolas paradas da Espanha, mas cometemos erros que não podem acontecer a este nível. Num canto um jogador deixou o campo para ser substituído e nunca deveria fazer isso. O nosso pior momento foi quando sofremos o 4-1. Não costumamos conceder golos a 15 metros da baliza e aí perdemos a nossa concentração, o que custa muito caro a este nível. Como foi possível constatar ante a Bielorrússia, não somos tão fortes quando medimos forças ante equipas que defendem muito atrás. Talvez por isso fosse melhor defrontar a Rússia a seguir. Não estou a dizer que seria mais fácil defrontar a Rússia, mas talvez fosse melhor para nós.

Gonçalo Alves, defesa de Portugal
Conseguimos o apuramento, que era o mais importante, mas é óbvio que não estamos contentes. Hoje em dia Portugal já não pode perder 6-1 frente à Espanha. Isso acontecia há 10 anos, não agora. Temos feito vários jogos contra eles nos últimos anos e isto nunca tinha acontecido. Logo, o sentimento mais forte é de tristeza, mas também de alguma satisfação, porque nos apuramos. Temos de levantar a cabeça e seguir em frente. Começámos bem o jogo e conseguimos marcar, mas a verdade é que tivemos pouca posse de bola e foi aí que falhámos um pouco. Até defendemos razoavelmente bem, mas a Espanha é muito forte a nível estratégico, sobretudo nos lançamentos e nos cantos. Também tivemos alguns problemas com o poderio físico deles e rematam muito bem de fora da área. Há dois anos, no Porto, acho que Portugal atingiu o seu máximo a nível de futsal, acho que foi quando a selecção jogou melhor até hoje. Agora vivemos um período de renovação e não é fácil jogar aqui, num Europeu. É um processo normal. A Itália vive uma situação igual e nota-se que também não está tão forte como em anos anteriores. Preferíamos defrontar a Sérvia, mas vamos dar o nosso melhor.

José Venancio López, seleccionador da Espanha
Tal como tinha acontecido há quatro dias, efectuámos um excelente jogo. Isso é muito difícil de conseguir. O resultado final é, provavelmente, superior ao que separa actualmente a Espanha de Portugal. Não há como negar que jogámos melhor esta noite, tendo sido capazes de impor um elevado ritmo. Não tentamos apenas vencer, já que temos igualmente como objectivo ajudar a desevolver esta modalidade e, ao mesmo tempo torná-la mais agradável para os adeptos. A primeira parte foi muito equilibrada, porque eles marcaram na primeira ocasião que tiveram. Isso enervou-nos, mas depois partimos para uma grande segunda parte.