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Evandro na alta roda

Um dos papéis mais importantes da missão que aguarda Portugal no Europeu parece estar reservado a Evandro. Estreante nestas andanças, o ala falou com o uefa.com sobre as suas aspirações.

Evandro durante o jogo ante a Bielorrússia
Evandro durante o jogo ante a Bielorrússia ©Sportsfile

A fasquia está bem alta. Portugal ficou a apenas dois minutos de atingir a final do Campeonato da Europa de Futsal que organizou em 2007, acabando por deixar fugir uma vantagem frente à futura campeã Espanha e acabando derrotado no desempate por penalties. Mesmo sem o lesionado Ricardinho e depois de um frustrante empate (5-5) ante a Bielorrússia na estreria do Grupo D, os comandados de Orlando Duarte acreditam que podem igualar ou mesmo suplantar esse desempenho, sendo que um papel de relevo nessa missão parece estar reservado a Evandro, o talentoso ala do Sporting que apenas fez a sua estreia por Portugal no passado mês de Outubro. Nascido no Brasil, mas radicado em Portugal há já quatro anos, Evandro partilhou com o uefa.com aquilo que tem sido o seu baptismo de fogo na alta roda do futsal europeu.

uefa.com: Esta é a sua estreia numa grande competição com a camisola de Portugal. Como tem vivido este momento tão especial?

Evandro: Com enorme entusiasmo e motivação. Vive-se uma atmosfera diferente e quero aproveitar ao máximo cada momento de forma a aprender e a evoluir cada vez mais.

uefa.com: Acha que Portugal tem condições para, pelo menos, igualar o desempenho de 2007, quando ficou a um curto passo de marcar presença na final da prova?

Evandro: Acredito que sim. Temos trabalhado nesse sentido. As duas semanas e meia de treinos deixaram-nos preparados para enfrentar qualquer adversário. Para já, queremos ultrapassar a primeira fase do Europeu e, depois, logo veremos até onde podemos chegar. Uma coisa é certa: se for até à final então será fantástico.

uefa.com: Com Ricardinho de fora, grande parte das esperanças portuguesas estão depositadas nos seus ombros. Sente toda essa responsabilidade?

Evandro: Não vejo a questão dessa forma. Seria até uma falta de respeito para com os meus colegas se assim pensasse. O Ricardinho é um grande jogador, mas estão aqui 14 atletas mais do que prontos para representar Portugal da melhor maneira possível. Quanto a mim, só espero poder ser útil à selecção, dentro e fora de campo.

uefa.com: Já leva quatro anos de futsal em Portugal. Que análise faz da qualidade do futsal que se pratica no país?

Evandro: Tenho notado uma evolução deveras agradável. Isso acontece não só ao nível do treino, mas também no que diz respeito à própria organização do futsal. Há muitos jogadores talentosos e isso reflecte-se na qualidade dos jogos. É certo que há ainda algum trabalho a fazer, mas penso que estamos no caminho certo.

uefa.com: Tem, decerto, acompanhado os jogos do Europeu já realizados. Que ilações tira até ao momento?

Evandro: Vimos alguns dos jogos e parece-me que este Europeu está a ter qualidade. Estamos ainda na fase inicial, com algumas cautelas por parte das equipas envolvidas, mas espero que a intensidade das partidas aumente à medida que a competição vá avançando.

uefa.com: O futsal é, por vezes, uma modalidade cruel para os jogadores, onde o mínimo dos erros paga-se bem caro. Como é lidar com esse risco permanente? Ainda há espaço para a criatividade?

Evandro: A criatividade está sempre presente. Nos pequenos detalhes, em gestos técnicos inesperados, numa jogada imprevisível... está sempre lá. Mesmo com a pressão dos jogos estes momentos estão sempre presentes, até quando as equipas e os seus jogadores têm de ser mais racionais e pragmáticos. Não consigo imaginar o futsal sem essa criatividade, essa fantasia.

uefa.com: Vários jogadores já tentaram, sem sucesso, passar do futsal para o futebol de 11. Por que acha que isso acontece?

Evandro: E o inverso também é verdade. Cada jogador procura encontras os terrenos onde se sente mais confortável e onde as suas capacidades podem ser potenciadas ao máximo. É tão simples como isso.