Carrossel de emoções
sexta-feira, 22 janeiro 2010
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Bielorrússia 5-5 Portugal
A selecção portuguesa esteve a dois segundos de se apurar para os quartos-de-final, mas adiou tudo para a última jornada.
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Portugal esteve esta sexta-feira a dois segundos de se apurar para os quartos-de-final do Campeonato da Europa de Futsal, mas o surpreendente empate (5-5) ante a Bielorrússia adiou tudo para a última jornada, onde a selecção comandada por Orlando Duarte apenas terá que evitar perder por um resultado (9-1) igual ou pior do que aquele averbado pelos bielorrussos frente à já apurada Espanha na ronda inaugural do Grupo D.
Cardinal acalma
À imagem do que já tinha sucedido frente à Espanha e apesar de precisar de vencer para continuar a sonhar com o apuramento, a Bielorrússia entrou em campo essencialmente preocupada em proteger o seu sector recuado, com os seus lances de ataque organizado a serem um autêntica raridade. Portugal entrou algo nervoso, talvez acusando um pouco a estreia na competição, mas a verdade é que Arnaldo e Pedro Cary tiveram excelentes oportunidades para fazer funcionar o marcador. A resistência bielorrussa parecia querer perdurar, mas Cardinal tinha outras ideias e assinou 1-0 aos sete minutos, quando recebeu um passe de costas para a baliza e rodou de imediato, antes de atirar a contar com o pé direito.
Erro dá esperança
O tento do avançado do Sporting não mudou o cariz do jogo, com a Bielorrússia a não abandonar a sua defesa porfiada. Portugal não abrandava na sua pressão a campo inteiro e essa atitude rendeu mesmo o 2-0, decorria o minuto 14. Uma recuperação de bola no meio-campo adversário foi aproveitada com mestria por Joel Queirós, que não deu hipóteses ao guarda-redes Artur Navoichik. Mas se alguém pensou que o passeio português tinha finalmente arrancado enganou-se redondamente, com a Bielorrússia a reduzir na primeira ocasião de que dispôs para tal. Uma investida pela esquerda apanhou a equipa portuguesa desprevenida e Aleksandr Chernik não perdoou à boca da baliza defendida por João Benedito.
Surpresa
A Bielorrússia pareceu regressar dos balneários com a forte disposição de discutir o resultado e foi premiada pelo seu arrojo com o golo do empate aos 26 minutos. Joel Queirós perdeu a bola em zona proibida e Aleksei Popov fez pagar bem caro alheio, batendo João Benedito com um remate rasteiro e cruzado. A surpresa estava instalada na Fönix Arena e Portugal acusou o toque, errando vários passes e denotando dificuldades para capitalizar o seu maior arsenal técnico. E foi mesmo a Bielorrússia a ter uma excelente ocasião para operar a reviravolta no marcador, valendo a Portugal a dupla intervenção de João Benedito. Mas o impensável aconteceu mesmo e no espaço de dois minutos, com Popov a bisar aos 30' e Aleksandr Gayduk a assinar o 4-2.
Emoção a rodos
Encostada às cordas, a selecção portuguesa logrou reduzir quase de imediato, com Joel Queirós a converter um penalty por falta sobre Cardinal. A Bielorrússia, mais motivada do que nunca e pressentindo que poderia provocar a primeira grande surpresa da prova, cerrou os dentes e aguentou a forte e desesperada pressão portuguesa. Os remates à baliza bielorrussa iam sucedendo-se a uma velocidade vertiginosa e um deles acabou por dar o 4-4, surgindo mais uma vez a inspiração de Cardinal, que voltou a revelar-se perfeito no movimento que já lhe tinha valido o seu primeiro golo. A Bielorrússia colocou um quinto jogador de campo na procura da vitória, mas acabou por ser Arnaldo a fazer o 5-4. Contudo, ainda houve tempo para os bielorrussos empatarem na cobrança de uma falta da segunda marca de grande penalidade, com Popov a assinar um "hat-trick" nos instantes finais.