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Esteban Cambiasso analisa a Finalíssima entre Itália e Argentina

Esteban Cambiasso, antiga referência do Inter e ex-internacional pela Argentina, fala sobre a Finalíssima com o coração dividido.

Esteban Cambiasso após converter o penálti vitorioso da Argentina frente ao México nas meias-finais da Taça das Confederações de 2005
Esteban Cambiasso após converter o penálti vitorioso da Argentina frente ao México nas meias-finais da Taça das Confederações de 2005 AFP via Getty Images

Nascido na Argentina mas idolatrado em Itália, ninguém está em melhor posição para avaliar a Finalíssima de quarta-feira, no Wembley stadium, do que Esteban Cambiasso.

Médio versátil durante a sua carreira, Cambiasso disputou 52 jogos pela Argentina mas construiu a sua reputação na Europa durante uma década ao serviço dos italianos do Inter, com o ponto alto a ser a conquista da UEFA Champions League, em 2010.

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Esteban Cambiasso após ganhar a final da UEFA Champions League 2010 com o Inter
Esteban Cambiasso após ganhar a final da UEFA Champions League 2010 com o InterGetty Images

Sobre o entusiasmo com a edição inaugural da Finalíssima

É um jogo muito novo e importante. Para mim é um jogo pouco comum pois vão defrontar-se os dois países da minha vida: aquele no qual nasci e aquele que escolhi para viver com a minha família. Por isso é um jogo muito especial. A situação de cada equipa é diferente. A Argentina tem a grande esperança de protagonizar um Campeonato do Mundo notável, que pode ser o último de Messi, e já há muito tempo que a Argentina não é campeã mundial. Por outro lado, ainda estou triste por a Itália não se ter apurado.

Sobre a ideia de dois campeões continentais se defrontarem pela conquista de um título

É uma ótima ideia. Sempre houve duelos entre equipas europeias e sul-americanas, na extinta Taça Intercontinental, mas não entre selecções.

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Sobre o significado de disputar este jogo no Wembley Stadium

Estádios emblemáticos como este geram um tipo diferente de motivação. É uma experiência diferente. A Itália regressa ao palco onde conquistou o UEFA EURO 2020. A Argentina terá o desejo de conquistar este troféu, mas tenho a certeza de que o estádio desempenha um papel importante numa partida tão ilustre como esta.

Sobre o que Lionel Scaloni fez para transformar a Argentina em vencedora da Copa América

Não acho que seja apenas uma coisa. Ele fez um óptimo trabalho com jogadores incríveis e sabia o momento perfeito para atacar. A final frente ao Brasil, em solo brasileiro, prova isso. A Argentina tem estado a jogar muito bem e construiu uma grande equipa. O treino engloba muitas coisas. Quem não sabe muito sobre o treino acredita que os jogadores trabalham a vertente física, psicológica ou como enfrentar um ambiente desfavorável, mas o treino serve para coordenar todos esses aspectos por forma a conseguir um bom resultado.

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Sobre Lionel Messi e a forma como mudou a sua forma de jogar

Imagino que ele esteja muito entusiasmado com este jogo. Como disse, a vitória da Argentina na Copa América foi uma grande motivação para todos, deu muita confiança à equipa. Assim, espero que encontre a sua melhor forma. Ainda tem alguns meses para fazer isso antes do Mundial. Com sorte, Lionel e o resta da equipa estará na máxima força antes da competição. Ao longo da carreira, qualquer jogador teve de fazer uma alteração à sua forma de jogar, seja devido ao avançar da idade ou treinadores com estilos de jogo diferentes. Mas no caso do Messi a única coisa que não mudou é a sua qualidade e a capacidade de fazer a diferença, porque ele ainda é capaz de decidir um jogo sozinho. Mas a Argentina continua a ter jogadores talentosos regularmente, e quando se pensa que não há uma estrela que se destaca, eis que ela surge.

Sobre os altos e baixos da Itália nos últimos anos

É difícil analisar o que se está a passar com a Itália. Após falhar a presença no Mundial de 2018, jogou muito bem no EURO. Mereceu vencer e o futuro parecia promissor. No entanto, sofreu outro revés e volta a falhar o Mundial, então há a sensação de que todo esse progresso não significou nada. Os responsáveis italianos precisam analisar a situação, não apenas em termos da seleção, mas do futebol italiano em geral, para realmente entender o porquê disto esta.