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Rússia enfrenta realidade após eliminação

Dmitri Rogovitski, repórter do UEFA.com em Moscovo, olha para o desempenho da Rússia no Campeonato do Mundo e salienta que os adeptos têm de dar tempo à equipa.

Correspondeu às expectativas?
Depois de ter falhado as fases finais dos dois últimos Campeonatos do Mundo, poucos arriscavam apostar numa grande campanha da Rússia no Brasil. Realisticamente, não constituiu uma surpresa ver a campanha russa chegar ao fim logo na fase de grupos. Com uma equipa sem grandes estrelas, onde o único nome grande era, talvez, o seleccionador Fabio Capello, a Rússia não criou mais do que cinco situações claras de golo em três jogos. Demasiado pouco para ambicionar mais do que o alcançado.

Grupo H: Rússia 1-1 Coreia do Sul
Grupo H: Rússia 0-1 Bélgica
Grupo H: Rússia 1-1 Argéliaa

O que disse a imprensa
Sovetski Sport: Jogámos como se esperava – Não esmagámos ninguém, nem fomos esmagados por ninguém. Não chega e não se coaduna com um Mundial em que todos estão a conseguir marcar tantos golos.

Sport-Express: A actual selecção da Rússia não pareceu estar numa festa do futebol, mas sim num funeral. O verbo "jogar" foi substituído pelos verbos "correr", trabalhar" e "recear".

O que disseram jogadores e seleccionador
Igor Akinfeev: "Compreendemos as críticas e estamos prontos para elas. Resta-nos olhar em frente e continuar com as nossas carreiras enquanto Deus o permitir".

Fabio Capello: "O nível dos jogadores e das equipas presentes neste Mundial é muito elevado. Cometemos erros que custaram caro. Vou continuar como seleccionador da Rússia se ainda me quiserem. Acredito que fiz um bom trabalho ao levar a Rússia ao seu primeiro Campeonato do Mundo em 12 anos".

Aspectos positivos
Alguns especialistas salientam que a Rússia ganhou uma valiosa experiência para o futuro com esta presença no Brasil. Efectivamente, a equipa mostrou que apesar de lhe faltar objectividade e de não praticar um futebol atractivo, é uma equipa disciplinada, capaz de seguir à letra as indicações do seu treinador. A Rússia podia ter batido a Bélgica e a Argélia e dois dos três golos que sofreu resultaram de erros do guarda-redes. Capello implantou na selecção russa uma disciplina táctica que deverá prevalecer durante largos anos.

Aleksandr Kokorin scored against Algeria
Aleksandr Kokorin scored against Algeria©Getty Images

Espaço para melhorar
Apesar de toda a sua experiência e palmarés, Capello não é perfeito. Para além disso, a Rússia continua à procura de um ponta-de-lança goleador, com Aleksandr Kokorin a marcar apenas por uma vez em três jogos. Maksim Kanunnikov decepcionou e Aleksandr Kerzhakov está prestes a completar 32 anos. O gigante Artem Dzyuba poderá ser uma solução.

Talento emergente
Oleg Shatov e Kokorin, ambos com 23 anos, foram titulares nos três jogos, enquanto Kanunnikov, de 22 anos, alinhou frente à Bélgica. Pavel Mogilevets e Denis Cheryshev não entraram em campo, mas estiveram com a equipa e poderão dar que falar quando a Rússia receber o próximo Mundial, dentro de quatro anos.

Qualificação Europeia
A Rússia pode esperar um caminho relativamente tranquilo rumo a França depois de ter sido sorteada num Grupo G que não conta com mais nenhuma selecção presente neste Mundial. A Suécia deverá ser o principal rival, mas Áustria e Montenegro poderão surpreender.

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