Cinco grandes finais do UEFA EURO
quinta-feira, 11 de julho de 2024
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Golos famosos, surpresas e grandes exibições: foram estas as melhores finais do UEFA EURO?
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O Olympiastadion de Berlim vai receber a 17ª final do UEFA EURO no domingo, dia 14 de Julho de 2024, colocando fim a um mês de grandes emoções.
Já houve algumas finais inesquecíveis desde que a criação do torneio, em 1960. O UEFA.com faz uma retrospectiva de cinco das melhores.
1988: URSS 0-2 Países Baixos
Gullit 32, Van Basten 54
Olympiastadion, Munique
Os Países Baixos conquistaram o seu primeiro e único grande título depois de derrotarem a URSS, mas a partida em Munique será lembrada para sempre por um momento de magia de Marco van Basten, três vezes vencedor da Bola de Ouro.
“A bola veio de Arnold Muhren e eu pensei, OK, posso pará-la e tentar fazer algo com todos estes defesas pela frente ou posso tentar a solução mais fácil, arriscar e rematar”, explicou Van Basten sobre seu fenomenal remate de primeira, do mais apertado dos ângulos, que deixou a selecção Laranja em vantagem por 2-0. Terá sido o melhor golo da história das finais do EURO e seguiu-se a um poderoso cabeceamento de Ruud Gullit na primeira parte, oferecendo aos neerlandeses o seu dia de maior glória.
1992: Dinamarca 2-0 Alemanha
Jensen 18, Vilfort 78
Ullevi, Gotemburgo
Poucos davam muitas hipóteses à Dinamarca quando entrou no EURO '92 como substituta de última hora da Jugoslávia. No entanto, os escandinavos surpreenderam tudo e todos: primeiro, ultrapassaram com distinção o seu grupo, depois derrotaram nas meias-finais os Países Baixos, detentores do troféu, e por fim venceram a Alemanha na final graças a dois golos marcados contra a corrente do jogo, assinados por John Jensen e Kim Vilfort.
Os próprios jogadores mal conseguiam acreditar no feito e o guarda-redes Peter Schmeichel recordou: "A ficha só caiu realmente quando chegámos a Copenhaga e fomos recebidos na Câmara Municipal para as celebrações com toda a Dinamarca. Nessa altura pensámos: 'Nós realmente fizemos isto. Não é um sonho.'"
2000: França 2-1 Itália (golo de ouro no prolongamento)
Wiltord 90, Trezeguet 103; Delvecchio 55
Stadion Feijenoord "De Kuip", Roterdão
"A loucura absoluta, a ideia de atacar com tudo... foi um golo soberbo." Foi assim que David Trezeguet descreveu o seu momento de inspiração quando o golo de ouro do avançado valeu a vitória no EURO 2000 à França, tornando-a na primeira campeã mundial em título a conquistar também o ceptro europeu.
A Itália tinha ganho vantagem na segunda parte através de uma finalização instintiva de Marco Delvecchio, à boca da baliza, mas um remate certeiro de Sylvain Wiltord no último suspiro para os franceses forçou o prolongamento. Coube então a Trezeguet vestir a pele de herói na segunda final do EURO seguida a ser decidida por um golo de ouro, depois de a Alemanha ter derrotado a República Checa por 2-1 da mesma forma em 1996.
2004: Portugal 0-1 Grécia
Charisteas 57
Estádio do SL Benfica, Lisboa
A surpreendente Grécia derrotou o anfitrião e favorito Portugal num dos desfechos mais inesperados em finais da competição. A batalhadora e bem organizada equipa de Otto Rehhagel venceu uma equipa que contava com jogadores como Cristiano Ronaldo, Luís Figo, Rui Costa e Deco graças a um cabeceamento certeiro de Angelos Charisteas na sequência de um canto.
O capitão Theodoros Zagorakis talvez tenha resumido melhor do que ninguém o estado de espírito entre os gregos, ao recordar: "Quando o árbitro terminou o jogo, foi como se as luzes se tivessem apagado – há um espaço em branco na minha memória – só me lembro de ficar com um sorriso idiota na cara durante não sei quantos minutos."
2012: Espanha 4-0 Itália
David Silva 14, Jordi Alba 41, Torres 84, Mata 88
NSC Olimpiyskiy, Kiev
Depois de vencer o EURO 2008 e o Campeonato do Mundo de 2010, a Espanha selou um hat-trick de conquistas sem precedentes e confirmou o seu lugar entre as melhores selecções de sempre com uma vitória estrondosa sobre a Itália, na Ucrânia.
A equipa de Vicente del Bosque fez uma exibição brilhante e fluída, com a cereja no topo do bolo a chegar quando o imperial Xavi Hernández fez um passe teleguiado para Fernando Torres que, altruísta, tocou para Juan Mata finalizar para o fundo da baliza vazia, já perto do fim do encontro, no golo que fechou a contagem.
"Esta é uma grande era para o futebol espanhol e um grande momento para todos os espanhóis", disse depois, orgulhoso, Del Bosque.