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Nova geração dá garantias a Rui Jorge

Poucos meses após estar na final do EURO Sub-21, Portugal regressou em força à qualificação para a edição de 2017, na Polónia, e sob o leme de Rui Jorge não dá sinais de abrandar.

João Mário foi um dos esteios de Portugal no EURO Sub-21
João Mário foi um dos esteios de Portugal no EURO Sub-21 ©Getty Images

A selecção de Sub-21 de Portugal continua sem conquistar o desejado título europeu. Porém, o cenário está a mudar para um escalão luso que, apesar de ainda não ter conseguido o tão desejado troféu, tem cimentado, nos últimos cinco anos, o estatuto de uma das principais potências do futebol europeu.

Portugal não participava numa fase final de um Campeonato da Europa de Sub-21 da UEFA desde 2007, na Holanda, altura em que se quedou pela fase de grupos. Uma espécie de travessia do deserto que contrastava com um passado mais rico e que regista uma presença na final de 1994, perdida ante a Itália. A ausência de um lote de jogadores talentosos como o da “geração de ouro” do início dos anos 90 do século passado era apontada como a responsável pelos resultados menos conseguidos, mas tudo parece ter começado a mudar desde há cinco anos.

Em Novembro de 2010, Rui Jorge deixou os juniores do Belenenses – clube do qual havia orientado a equipa principal em dois jogos em 2008/09 – para assumir o comando dos Sub-21 lusos. O antigo internacional português não conseguiu levar a equipa à fase final de 2013, ficando-se pelo segundo lugar no Grupo 6 de qualificação, atrás da Rússia. Mas já nessa altura notava-se a tendência de melhoria e a equipa terminou com apenas uma derrota. E para o Europeu de 2015 tudo mudou. No Grupo 8, Portugal fez oito jogos e venceu-os todos, mantendo-se o padrão no “play-off”, com dois triunfos sobre a Holanda.

William Carvalho foi um dos pilares da caminhada lusa no EURO 2015
William Carvalho foi um dos pilares da caminhada lusa no EURO 2015©Getty Images

Na fase final, na República Checa, Portugal - comandado por jogadores como William Carvalho, Ricardo Pereira, Bernardo Silva, Rúben Neves, João Mário, José Sá ou Ivan Calaveiro – voltou a não perder qualquer jogo, a não ser nas grandes penalidades, na final com a Suécia. Um percurso imaculado que terminou mal apenas na fortuna dos penalties e que inclui uma goleada história por 5-0 nas meias-finais sobre a Alemanha.

A desilusão de Portugal após a derrota na final
A desilusão de Portugal após a derrota na final©Getty Images

Virada a página sobre esse feito, o objectivo agora é outro. “Estar no Europeu de 2017 é o grande objectivo”, disse Rui Jorge, o nome por detrás desta transformação. O treinador de 42 anos renovou contrato com a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e vai orientar a equipa nos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, e no EURO 2017 a realizar na Polónia, caso a equipa se apure. E para já tudo corre bem. No Grupo 4 de apuramento, a turma das “quinas” soma cinco vitórias em outros tantos jogos e, com o triunfo sobre Israel em Novembro, Portugal alcançou o 25º jogo oficial consecutivo sem perder – sequência que dura há quatro anos, desde 11 de Outubro de 2011 -, num total de 38 encontros e apenas quatro desaires (todos em jogos amigáveis). Tem mais sete pontos e menos um jogo disputado que a segunda classificada, a Albânia, e nesta edição o primeiro lugar dá apuramento directo.

“Foi fácil chegar a acordo, pois havia vontade da FPF na nossa continuidade o que, naturalmente, me deixa satisfeito”, disse Rui Jorge aquando da renovação de contrato, ao “site” da federação. “Era nossa vontade dar continuidade ao excelente trabalho. Rui Jorge e a sua equipa técnica têm uma competência por todos reconhecida e resultados brilhantes que falam por si”, disse Fernando Gomes, presidente da FPF sobre o acordo.

Rui Jorge é o homem por trás do sucesso de Portugal
Rui Jorge é o homem por trás do sucesso de Portugal©Getty Images

Rui Jorge implementou um modelo de jogo nos Sub-21 de Portugal que deu frutos. Pode-se atribuir ao surgimento de uma geração talentosa de jogadores portugueses o facto de a selecção lusa ter alcançado patamares muito elevados. Mas a verdade é que jogadores como os referidos acima, que eram a base da equipa, saíram, e a entrada de caras novas não abrandou a sede de triunfos da equipa. Agora as estrelas são outras e Rui Jorge está a conseguir retirar delas a mesma produtividade.

O guarda-redes Bruno Varela, os defesas João Cancelo, Tobias Figueiredo, os médios Rúben Neves, Bruno Fernandes, Marcos Lopes e os avançados Gonçalo Paciência, Gelson Martins, Gonçalo Guedes e André Silva, entre outros, todos dão qualidade extra e formam uma estrutura sólida que dão a Portugal perspectivas de futuro animadoras. O EURO de 2017 parece estar ao alcance da equipa e não é de espantar que Rui Jorge e os seus jovens jogadores voltem a brilhar na Polónia tal como a anterior equipa o fez na República Checa.

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