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Será Portugal a equipa a bater na República Checa?

Única selecção qualificada só com vitórias, Portugal chega à República Checa como principal favorita: Nuno Tavares analisa as forças e fraquezas da equipa de Rui Jorge.

Portugal bateu a Holanda por 7-4 no total no "play-off"
Portugal bateu a Holanda por 7-4 no total no "play-off" ©Getty Images

Única selecção a vencer todos os seus jogos rumo à fase final, Portugal recebeu forte aviso de que as coisas não serão tão fáceis no torneio deste Verão na República Checa quando, ao nulo em casa ante a também finalista Dinamarca, na Marinha Grande, na quinta-feira passada, se seguiu derrota de 1-0 com a anfitriã República Checa, esta terça-feira, Praga.

Os portugueses, derrotados também por 3-1 diante da Inglaterra em Novembro, podem parecer em baixo de forma, a menos de três meses do arranque da competição, mas não há falta de qualidade na equipa comandada por Rui Jorge. Com o Campeonato da Europa de Sub-21 da UEFA no horizonte, analisamos as forças e fraquezas dos lusitanos.

Caras novas, problemas antigos
Antigo lateral de FC Porto e Sporting Clube de Portugal, Rui Jorge não se mostrou preocupado após ver a sua formação ficar em branco pela primeira vez desde Março de 2013, mas disse aos seus jogadores que não poderão cometer os mesmos erros na fase final, em especial frente à baliza. "Desperdiçámos muitas oportunidades nestes dois amigáveis e frente à República Checa acabámos castigados por isso. Não podemos cometer estes erros. A este nível é preciso ser mais eficaz quando se trata de concretizar as ocasiões", afirmou.

Rui Jorge, o homem do leme
Rui Jorge, o homem do leme©FPF/Diogo Pinto

O facto de Portugal continuar a sentir dificuldades para encontrar um avançado goleador certamente não ajuda, contudo, Gonçalo Paciência, do Porto, está a destacar-se nesse capítulo e irá liderar o ataque.

Solidez na defesa
O guarda-redes José Sá actua na equipa de reservas do CS Marítimo e tem pouca experiência ao mais alto nível em termos de clubes, mas será o número 1 de Portugal em Junho. A forte presença dá confiança ao quarteto mais recuado. Melhor marcador de Portugal na qualificação, com cinco golos, o extremo Ricardo Pereira foi utilizado a defesa-direito frente à Dinamarca – posição que já ocupou ao serviço do Porto – e poderá muito bem aí utilizado com tarefas mais ofensivas.

Ausente dos dois amigáveis devido a lesão, Raphael Guerreiro tem brilhado em França pelo FC Lorient e vai querer mostrar serviço na esquerda da defesa, enquanto Paulo Oliveira e Tiago Ilori actuam no centro.

Rúben Neves é o coração do meio-campo
Rúben Neves é o coração do meio-campo©Getty Images

Opções variadas
Jogadores como Rúben Neves (Porto), Bernardo Silva (AS Monaco FC), Ivan Cavaleiro (RC Deportivo La Coruña), Rony Lopes (LOSC Lille) e Bruma (Galatasaray AŞ) criaram enormes expectativas em Portugal em relação ao bom desempenho na fase final, mas têm mostrado abordagem cautelosa. "Não vamos elevar em demasia a fasquia. Vamos encarar um jogo de cada vez, como temos feito até agora, depois vemos o que acontece. O nosso primeiro objectivo é passar às eliminatórias", explicou Rúben Neves. Veremos se a antecipação e pressão de vencer não serão um fardo demasiado pesado.

Trio importante
Portugal foi já considerado um dos mais fortes candidatos à vitória na República Checa e esse rótulo poderá receber novo ímpeto na forma de três reforços fundamentais. William Carvalho, João Mário e André Gomes actuaram todos na fase de apuramento, mas têm integrado os trabalhos da selecção principal. A questão é saber se Rui Jorge poderá chamar os três influentes médios.

"Essa é uma questão que terá de ser analisada. Não há dúvida sobre a qualidade deles mas, como disse, é muito cedo para falar disso. Cristiano Ronaldo também poderia ter sido chamado para esta competição em 2007, mas a decisão foi de não o fazer", recordou o treinador de 42 anos.

William Carvalho seria um excelente reforço
William Carvalho seria um excelente reforço©AFP/Getty Images

Será esta a nova "geração de ouro" de Portugal?
Campeão do Mundo de Sub-20 em duas ocasiões, Portugal ainda não conseguiu ganhar esta competição e o mais perto que esteve de o conseguir foi em 1994, quando Rui Costa, Luís Figo e companhia perderam a final com a Itália. Poderá este novo lote de talentos ir mais além, conquistar o troféu e ser considerado a nova "geração de ouro" de Portugal?

Se tudo se resumir a qualidade e vontade, Portugal parece ter tudo a seu favor para conquistar o título. "Claro que sonhei em segurar a taça nas minhas mãos. Mal posso esperar pelo primeiro jogo", afirmou Ilori. Se a equipa recuperar a boa forma será preciso coragem para apostar contra o sonho do defesa.