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EURO Sub-21 de 2006: Huntelaar leva Holanda à vitória

A Holanda sagrou-se campeã europeia na categoria de Sub-21 pela primeira vez em 2006

2006: Huntelaar leva Holanda à vitória
2006: Huntelaar leva Holanda à vitória ©Getty Images

Holanda 3-0 Ucrânia
(Huntelaar 11 43, Hofs 90)
Bessa XXI, Porto

A Holanda sagrou-se campeã da Europa de Sub-21 em Portugal, troféu que a selecção “laranja” conquistou pela primeira vez na sua história. Os "jong oranje", liderados por Foppe de Haan, começaram e terminaram a sua campanha, em solo português, defrontando a Ucrânia. Depois de surpreendentemente ter perdido no jogo inaugural, a Holanda levou a melhor na final sobre os comandados de Olexiy Mykhaylychenko, vencendo por 3-0.

Em vários aspectos, tratou-se de uma fase final de desaires. Os anfitriões portugueses, a campeã em título, Itália, e uma Alemanha em alta ficaram pelo caminho ainda na fase de grupos, ao passo que a Ucrânia brilhou na sua primeira campanha a este nível. Os ucranianos não mostraram qualquer sinal de inexperiência quando se superiorizaram aos holandeses no primeiro jogo do Grupo B, disputado em Águeda. O fantástico chapéu de Artem Milevskiy na transformação de uma grande penalidade abriu as portas aos ucranianos para um triunfo por 2-1 e, apesar de terem perdido o encontro seguinte, frente à Itália, por 1-0, outro golo de Milevskiy, o do triunfo frente à Dinamarca, carimbou um lugar nas meias-finais como vencedores do grupo.

JOGADOR DO TORNEIO: KLAAS JAN HUNTELAAR

Enquanto o tecnicista Milevskyi era a grande referência do ataque ucraniano, o sólido Dmytro Chygrynskiy era o pilar da defesa. E este foi notável na meia-final frente à Sérvia e Montenegro, cuja presença nesta fase da prova foi ainda mais surpreendente. A equipa dirigida por Dragomir Okuka parecia estar eliminada após ter perdido, por 2-0, o encontro da última jornada do Grupo A, com a França. Contudo, à medida que saiam do relvado de Braga, chegavam notícias de Guimarães, que davam conta do triunfo de Portugal sobre a Alemanha, que valeu a continuação na prova dos ex-jugoslavos a expensas dos germânicos. “Deus deu-nos uma segunda oportunidade”, disse, então, o guarda-redes Vladimir Stojković ao uefa.com. Mas a Sérvia e Montenegro não soube aproveitá-la. Uma meia-final sem golos, em Aveiro, levou, também, a um prolongamento sem tentos, pelo que teve de recorrer-se à decisão por pontapés da marca de grande penalidade. Quando Milan Purović falhou a sua tentativa de conversão, sentenciou a partida, qualificando a Ucrânia.

A outra meia-final foi igualmente dramática, pois somente num emocionante prolongamento é que a Holanda conseguiu levar a melhor frente à favorita França. Após ter perdido com a Ucrânia na primeira jornada, os rapazes de De Haan também pareceram inconstantes no empate a uma bola com a Dinamarca. Ainda assim, surpreenderam a Itália, vencendo por 1-0 no derradeiro jogo do Grupo B. O suplente Daniël de Ridder marcou na primeira vez que tocou na bola e deu o segundo lugar aos "jong oranje", atrás dos ucranianos. A recuperação "laranja" prosseguiu, três dias depois, frente à França.

A equipa dirigida por René Girard cumpriu calmamente o Grupo A sem ter sofrido qualquer golo nos triunfos frente a Portugal, Alemanha e Sérvia e Montenegro, mas rapidamente os franceses se viram em desvantagem em Braga, mercê do remate certeiro de Nicky Hofs. Klaas Jan Huntelaar provou as suas credenciais com um fantástico chapéu, duplicando a vantagem dos holandeses, antes de a França reagir na segunda parte, forçando o prolongamento. No entanto, os holandeses ainda tinham algo na manga, pois Hofs voltaria a marcar, quando faltavam 13 minutos para o final, dando à Holanda um triunfo por 3-2.

A grande final teve lugar no Porto, no Estádio do Bessa. Huntelaar confirmou o estatuto de grande estrela do torneio, ao marcar os primeiros dois golos da Holanda. Se, na primeira vez frente à Ucrânia, os holandeses haviam sido surpreendidos pelo futebol mais pujante da equipa de Leste, desta vez mostraram maior segurança. Hofs selou o resultado já no período de descontos, mas que não traduziu com justiça o que se passou na segunda parte, onde a Ucrânia pressionou com grande intensidade. A vitória dos "jong oranje", no entanto, acabou por ser justa. “Foi uma grande experiência. Crescemos como equipa ao longo da prova, depois de um mau início. É uma sensação fantástica”.