França e Sérvia elevam fasquia na final

Respeito mútuo foi visível entre os treinadores de França e Sérvia, antes da final do Campeonato da Europa de Sub-19, apesar de ambos acreditarem que possuem jogadores que podem fazer a diferença em Marijampole.

Após terem saído de meias-finais épicas – a Sérvia bateu Portugal no desempate por penalties, antes de a França afastar a bicampeã Espanha no prolongamento –, tanto Francis Smerecki como Ljubinko Drulović reconheceram que a recuperação após esses esforços tinha sido um factor-chave nos preparativos para a final. "Ainda temos trabalho de recuperação a fazer. Tem sido muito importante após o prolongamento a que fomos sujeitos", explicou o treinador gaulês. "Vai ser difícil conter a vontade dos jogadores. Iremos garantir que estão motivados para ganhar."

"Fizemos o nosso melhor para ajudar os jogadores a recuperar. A nossa atenção tem sido para que estejam preparados fisicamente", acrescentou Drulović, que já pode contar com Milan Vojvodić, que cumpriu um jogo de castigo nas meias-finais. "As duas equipas tiveram meias-finais duras e merecem estar na final – quem elimina Espanha e Portugal merece este prémio. Vai ser um jogo interessante para os adeptos e, como é óbvio, espero que seja bastante complicado. Conhecemos a França muito bem."

As equipas defrontaram-se na terceira jornada, quando um empate a uma bola, em Kaunas, valeu o apuramento de ambas para as meias-finais, numa partida em que Drulović deu descanso a seis jogadores, visto a Sérvia já ter o apuramento garantido. "Como é óbvio vai ser uma equipa diferente em relação à fase de grupos. Na altura queria proteger os meus jogadores de um possível castigo nas meias-finais", disse o treinador da Sérvia. "Vou fazer alterações. Espero o mesmo trabalho árduo dos jogadores, tal como nos quatro jogos anteriores. Se fizerem isso, só posso esperar o melhor."

À Frente da equipa quando a França conquistou o seu segundo título Sub-19, há três anos, em contraste com a formação sérvia, que está na sua primeira final, Smerecki e a sua equipa técnica têm uma considerável experiência em embates deste género. "A experiência é mais útil a quem a possui, mas vamos tentar passar o nosso conhecimento aos jogadores", explicou. "Não sei se isso nos torna mais calmos, o que sei é que ajuda em termos de preparação, organização e nos pequenos detalhes que podem ser decisivos."

Drulović concordou que esses pequenos momentos podem decidir o vencedor. "Não quero destacar jogadores franceses em particular, já que toda a equipa possui bons valores", acrescentou. "Serão perigosos a partir de qualquer zona do terreno e devemos ter atenção ao adversário enquanto conjunto, e não como 11 jogadores. A França é um oponente muito forte, e a equipa que cometer menos erros ganhará."

Smerecki descreveu a Sérvia como uma "equipa muito bem organizada, com vários jogadores de qualidade", e acredita que talvez seja necessário um momento de magia para fazer a diferença. "Temos muito respeito pela Sérvia", disse. "Ambas as equipas contam com jogadores que podem ganhar o jogo. Em cada final existe um ou dois jogadores que podem fazer a diferença a favor da sua equipa, e nem sempre são aqueles de quem se está à espera."