O UEFA.com funciona melhor noutros browsers
Para a melhor experiência possível recomendamos a utilização do Chrome, Firefox ou Microsoft Edge.

Processo de formação da Youth League atinge o topo em Nyon

João Tralhão, do Benfica, e os outros treinadores dos clubes das meias-finais destacaram o papel da UEFA Youth League no desenvolvimento dos jogadores: "É o máximo no seu processo de formação."

Da esquerda para a direita: João Tralhão, Alberto Garrido, Gabriel De La Torre e Marco Rose
Da esquerda para a direita: João Tralhão, Alberto Garrido, Gabriel De La Torre e Marco Rose ©Getty Images for UEFA

A UEFA Youth League atinge no próximo mês, em Nyon, o seu auge com quatro equipas a batalhar na edição 2016/17 para suceder ao bicampeão Chelsea como vencedor da prova.

O Barcelona procura reconquistar o troféu Lennart Johansson, depois de ter vencido a edição inaugural do torneio de Sub-19, em 2013/14, enquanto Real Madrid, Benfica e Salzburgo vão esforçar-se por adicionar o seu nome ao quadro de honra de uma prova que ano após ano tem visto o seu prestígio aumentar de forma exponencial.

Na verdade, desde que Sinan Bytyqi, do Manchester City, apontou o primeiro golo em Setembro de 2013, a UEFA Youth League tem tido um crescimento ímpar. Os treinadores dos quatro semifinalistas deste ano concordam tratar-se de um evento indispensável no calendário do futebol jovem.

"Esta competição é o máximo de qualquer jogador jovem no seu processo de desenvolvimento e de formação porque joga contra as melhores equipas da Europa e com os melhores jogadores da sua geração, às vezes gerações acima. E isso obriga-o a estar num patamar de superação das suas capacidades, o que ajuda naturalmente à sua evolução", afirmou ao UEFA.com o treinador do Benfica, João Tralhão.

©UEFA.com

O seu colega no Barcelona, Gabriel De La Torre acrescentou: “É parte do desenvolvimento dos jogadores porque em vez de terem entre 12 e 15 jogos de grau de dificuldade por época, jogam 20 ou mais partidas a esse nível. Desta forma, começam a aprender como vai ser mais à frente. Tento sempre dizer aos meus jogadores que isto é um presente."

O treinador-adjunto do Real Madrid, Alberto Garrido, foi mais longe afirmando que a competição “está cada vez mais perto” do que os seus jogadores podem esperar nas suas carreiras no futebol sénior. “A cada ano que passa, o nível aproxima-se do que se vê no futebol profissional e está mais perto do que irão encontrar no futuro”, disse.

A UEFA Youth League é também benéfica para os treinadores, como explicou o técnico do Salzburgo, Marco Rose: “Aprendemos algo em cada jogo – sejam com os nossos rapazes ou com os adversários. Para mim, enquanto treinador e para a minha equipa técnica, é uma experiência excelente analisar os adversários jogo após jogo. Aprendemos em cada eliminatória e esperamos continuar a aprender.”

O Salzburgo é a única novidade entre os quatro semifinalistas desta época e seguiu as pisadas do Anderlecht na temporada passada, com um percurso de sucesso desde o Caminho dos Campeões Nacionais.

“Tem de ser dada aos campeões nacionais a oportunidade de atingir as meias-finais como sucedeu connosco”, disse Rose. “Este é um modelo muito justo e bom e estou contente por ter aproveitado esse facto. Tem sido um torneio entusiasmante. É muito divertido estar envolvido.”

O Salzburgo eliminou o Manchester City, o Paris e o Atlético no trajeto até Nyon e Rose anseia por ver os seus jogadores voltar a crescer quando enfrentarem o Barcelona, a 21 de Abril, pelas 12h00 (de Portugal Continental), no Estádio Colovray.

“Será um adversário incrivelmente difícil, pelo que definitivamente teremos de fazer algo com isso, mas até agora temos tido muito sucesso”, afirmou. “Os rapazes estão ansiosos. Talvez haja alguns nervos nos primeiros minutos, mas rapidamente serão dissipados.”

“Será mais uma eliminatória enorme, ao mais alto nível. Isso significa que vamos testar-nos outra vez, ganhar experiência – mas claro que queremos ser bem-sucedidos. Tudo isto faz parte: aprender, ganhar.”

©Getty Images for UEFA

Para Gabri, o Salzburgo representa um obstáculo ainda maior. “Têm tido uma época excelente e vai preparar-se para estar no seu melhor”, reconheceu. “Vimos o Salzburgo diante do Manchester City, quando venceu nos penalties, mas mereceu ter ganho o jogo antes. E depois ganhou ao Paris Saint-Germain [5-0] noutra eliminatória empolgante.”

“Vamos defrontar uma equipa de topo e cheia de qualidade. Marcou 25 golos e apenas sofreu três. Segundo as minhas estatísticas, é a equipa mais difícil que podíamos defrontar, mas acredito nos meus jogadores.”

Entretanto, Benfica e Real Madrid, vão repetir a meia-final de 2014 após o Barcelona ou o Salzburgo terem garantido a presença na final do dia 24 de Abril.

“O nosso percurso tem sido marcado por um sonho que nós, enquanto, grupo tivemos desde o início: lutar e ganhar jogo a jogo para tentar alcançar esta semana incrível que a UEFA proporciona a estes jovens”, disse Tralhão. “Foi isso que nos guiou, essa vontade muito grande de chegar a esta semana e de nos colocarmos outra vez nos primeiros quatro da Europa. Houve altos e baixos, pois foi a primeira vez em que não conseguimos ficar classificados em primeiro lugar, mas esse facto obrigou-nos a superar as nossas capacidades porque tivemos jogos muito difíceis.”