Nápoles esmaga Club Brugge

• Napoli iguala a sua vitória mais expressiva na Europa: 5-0 frente ao Vllaznia em 2008
• José Callejón concretiza o primeiro golo da fase de grupos 2015/16
• Dries Mertens marca dois golos contra os seus compatriotas
• Marek Hamsik e Callejon marcam na segunda parte e acentuam a diferença no marcador
• Próximos jogos: Club Brugge-Midtjylland, Legia-Nápoles (1 de Outubro)

O Nápoles superou facilmente o Brugges na ronda inaugural do Grupo D da UEFA Europa League, marcando três golos nos primeiros 25 minutos do jogo. José Callejón e Dries Mertens marcaram ambos dois golos numa partida em que ficou bem evidente as fragilidades defensivas do conjunto belga, que atravessa um período muito complicado.

Com o factor-sorte a jogar cedo a seu favor, o Nápoles abriu o activo logo aos cinco minutos num cruzamento-remate, vindo do corredor direito, do atacante espanhol José Callejón, que penalizou o adiamento do guarda-redes Sinan Bolat.

Inspirado e fazendo alarde da sua grande capacidade de drible, Callejón voltou a fazer estragos na defensiva belga 14 minutos depois, ao assistir com conta, peso e medida para o médio Dries Mertens facturar na zona da pequena área, com um simples desvio. Um tento que deixou bem evidente as fragilidades defensivas do Brugges que, à passagem do minuto 25, consentiu mais um golo do oportuno Mertens, após um passe notável do brasileiro Jorginho na marcação de um livre indirecto.

Com um ataque móvel e criativo, constituído por Gonzalo Higuaín, Diego Lopez e Mertens, o Nápoles só não chegou ao intervalo com uma vantagem ainda mais expressiva porque López, aos 35 minutos, desaproveitou (remate por cima da barra) um passe recuado de Gonzalo Higuaín, após uma vistosa arrancada pela esquerda do internacional argentino.

Apática e desconcentrada, a equipa de Michel Preud’homme deixou uma pálida imagem na primeira parte, perante um Nápoles que até nem precisou de acelerar o seu ritmo de jogo para chegar ao intervalo com uma confortável vantagem, tal a diferença técnica e criativa entre as duas formações.

Na etapa complementar, e sem surpresa, a formação da casa continuou dona e senhora do jogo, tendo precisado apenas de oito minutos para chegar ao quarto golo por intermédio do seu capitão e "motor", Marek Hamsik - Bolat desentendeu-se com um colega de equipa, permitindo que o internacional eslovaco atirasse a contar com a baliza desguarnecida.

Com os três pontos garantidos, o técnico do Nápoles, Maurizio Zarri, poupou as suas melhores unidades a mais esforços, tirando Hamsik, primeiro, e Higuaín, depois (o atacante argentino ainda acertou no poste antes de ser substituído). No entanto, a dinâmica ofensiva dos italianos manteve-se forte para desconsolo do Brugges que, sobre o minuto 77, não evitou que o endiabrado Callejón se isolasse e assinasse um "bis".

Depois de ter sofrido, em casa, quatro golos do Manchester United, na segunda mão do "play-off" da UEFA Champions League, o Brugges voltou agora, em Nápoles, a sofrer mais cinco tentos, mas o seu ataque também demonstrou pouca capacidade, afigurando-se assim uma tarefa muito complicada para o técnico Michel Preud'homme.