Forlán garante troféu
quarta-feira, 12 de maio de 2010
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Club Atlético de Madrid 1-1 Fulham FC (2-1 após prolongamento)
Dois golos do avançado uruguaio Diego Forlán, o último dos quais apontado aos 116 minutos, decidiram a edição inaugural da prova.
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O Club Atlético de Madrid venceu a edição inaugural da UEFA Europa League, ao bater na final de Hamburgo o Fulham FC, por 2-1, após prolongamento. Diego Forlán foi a figura do encontro, ao apontar os dois tentos "colchoneros", o último dos quais aos 116 minutos.
Com a Hamburg Arena completamente esgotada, Atlético e Fulham sentiram a responsabilidade do encontro e demoraram algum tempo a encontrarem o seu ritmo. E foi preciso um erro para surgir a primeira oportunidade de golo, decorria o minuto 12. O Fulham perdeu a bola no seu meio-campo e a dupla atacante do Atlético entrou de imediato em acção, com Sergio Agüero a servir Diego Forlán e o avançado uruguaio a rematar cruzado com o pé esquerdo, levando o esférico a bater no poste antes de o mesmo sair pela linha final.
O Fulham lidava mal com a pressão alta do adversário e sentia muitas dificuldades para se acercar com perigo da baliza defendida pelo jovem David de Gea. José Antonio Reyes obrigou, aos 16 minutos, o guardião Mark Schwarzer a uma atenta defesa na marcação de um livre directo, sendo preciso esperar mais quatro minutos pelo primeiro remate à baliza do Fulham, obra de Simon Davies. No entanto, esse momento não "libertou" a equipa inglesa, que viria mesmo a ser punida aos 32 minutos pela inibição demonstrada no relvado.
Simão assistiu Agüero e este tentou de pronto o remate de fora da área, com o dianteiro argentino a acertar mal na bola mas a fazer com que esta seguisse no caminho de Forlán, que desviou para o fundo da baliza. A vantagem dos "colchoneros" durou apenas cinco minutos, já que o Fulham revelou mais uma vez o porquê de ter chegado à sua primeira final de sempre. Bobby Zamora, sempre muito difícil de parar, deu início a um lance que culminou com o cruzamento de Zoltán Gera para o remate de primeira e certeiro do médio galês Simon Davies.
O golo do empate e o intervalo pareceram fazer bem ao Fulham, que regressou dos balneários bem mais pressionante e preciso nos seus passes. Gera iludiu a armadilha do fora-de-jogo aos 52 minutos, mas adiantou em demasia a bola quando seguia isolado e permitiu a intervenção de De Gea. Contudo, a formação orientada por Roy Hodgson sofreu um revés três minutos volvidos, quando Zamora teve de ser substituído por Clint Dempsey, devido a problemas físicos. Apesar disso, foi Davies a ficar muito perto de bisar aos 60 minutos, quando viu De Gea negar-lhe o golo com uma excelente defesa.
O Atlético pressentiu o perigo e tratou de voltar a "entrar" no encontro, muito por culpa de Forlán, esta noite uma autêntica dor de cabeça para a defesa inglesa. Quique Sánchez Flores, treinador do Atlético, trocou Simão por José Manuel Jurado aos 68 minutos e a verdade é que o conjunto espanhol foi, aos poucos, tomando conta das operações, perante um Fulham cada vez mais apostado no contra-ataque. Pese embora a pressão "colchonera", a igualdade prevaleceu e obrigou ao recurso a um prolongamento.
Os 30 minutos suplementares ofereceram mais do mesmo, com o cansaço das duas equipas a entrar igualmente em cena e a originar muitos passes errados de parte a parte. Schwarzer revelou atenção na sequência de um perigoso cruzamento-remate de Forlán, com o uruguaio a construir outra excelente oportunidade em cima do intervalo, mas Eduardo Salvio e Agüero falharam a conclusão. Mas estava escrito que seria o Atlético a fazer a festa, com Agüero a revelar toda a sua técnica a quatro minutos do apito final, antes de proporcionar o desvio vitorioso do inevitável Forlán. Estava garantida a conquista do segundo troféu europeu e o primeiro desde 1962, quando a equipa espanhola bateu a Fiorentina para vencer a Taça dos Clubes Vencedores de Taças.