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Valência vence duelo espanhol

Valencia CF 1-0 Villarreal CF (total: 1-0)
Um penalty convertido por Mista coloca o Valência na sua terceira final europeia em cinco anos.

Por Graham Hunter, no Mestalla

O Valencia CF qualificou-se para a sua terceira final europeia em cinco anos, ao derrotar os seus vizinhos do Villarreal CF por 1-0. Um penalty "ganho" e convertido por Mista colocou os líderes da Primera División na frente da eliminatória e com direito a defrontar o Olympique de Marseille na final da Taça UEFA, que terá lugar em Gotemburgo, a 19 de Maio.

Equipa surpresa
O treinador do Valência, Rafael Benitez, apostou num onze com algumas surpresas, deixando de fora Vicente Rodriguez, a recuperar de uma gripe, e o recuperado Pablo Aimar no banco, lançando na primeira equipa os quase desconhecidos Xisco Muñoz e Mohamed Sissoko. Estas opções foram reveladoras do elevado grau de conhecimento de Benitez do seu plantel, dado que, tal como tem acontecido em quase toda a época, se revelaram decisões acertadas. Encorajados pela competente gestão do plantel e com a introdução ao mais alto nível de sangue novo, o Valência tomou de assalto o meio-campo do adversário, submetendo José Reina a trabalho intenso.

Pressão intensa
O guarda-redes e a defesa do Villarreal viveram momentos de pânico nos primeiros dez minutos de jogo, tal era a pressão atacante da equipa da casa. Curro Torres colocou a bola na cabeça de Ruben Baraja, isolando-o frente a Reina, mas o guardião do Villarreal conseguiu socar a bola, impedindo-a de ficar ao alcance do médio internacional espanhol. Logo a seguir foi David Albelda que, com um passe magistral, proporcionou uma excelente oportunidade a Mista de inaugurar o marcador, mas Quique Alvarez, em cima da linha de golo, impediu o tento do Valência.

Penalty desnecessário
Quando o penalty da vitória foi assinalado, já o Valência tinha criado mais duas excelentes oportunidades; primeiro, através de um remate rasteiro de Curro Torres e depois numa possante arrancada de Baraja, cujo remate rasou o poste, já com Reina batido. A seguir, quando parecia que a tempestade valenciana já tinha passado, Juliano Belletti, num lance tão inofensivo como desnecessário, derrubou Mista, forçando o árbitro Terje Hauge a apontar para a marca dos onze metros. Encarregado da marcação, o mesmo Mista bateu Reina de pé esquerdo, com o guardião a adivinhar o lado do remate, mas a não conseguir chegar à bola, que entrou junto ao seu poste esquerdo.

Cañizares decisivo
O golo podia significar o fim da equipa do Villarreal, face à pressão até ali sofrida, mas no restante tempo de jogo da primeira parte, foram dos visitantes as melhores ocasiões de golo. Três minutos depois do golo, um remate de José Mari Romero embateu com violência na barra, com Santiago Cañizares a apenas conseguir tocar ao de leve na bola. Pouco depois, um passe de Sebastián Battaglia isolou José Mari na área, mas no duelo frente a Cañizares, acabou por ser o guarda-redes do Valência a levar a melhor.

Defesa espantosa
A melhor oportunidade do Villarreal surgiu quando o avançado brasileiro Sonny Anderson se isolou e disparou forte de pé direito, valendo à formação da casa a defesa fantástica de Cañizares, que evitou que a bola entrasse junto à barra da baliza. José Mari cabeceou para as mãos de Canizares quando tinha tudo para marcar e, aos 38 minutos, o antigo avançado do AC Milan teve ainda tempo para controlar a bola, rodar e disparar, mas internacional espanhol estava lá de novo.

Xisco perto do segundo
Depois do intervalo, o Villarreal tudo fez para ter mais posse de bola, mas quatro minutos após o reinício, a eliminatória podia ter ficado arrumada quando após uma iniciativa na direita, Miguel Ângulo fez um passe de bandeja para Xisco, mas o jovem de 23 anos, na cara de Reina, não conseguiu dar a melhor sequência ao lance.

Reina segurou o sonho
O antigo guarda-redes do FC Barcelona levou de novo a melhor aos 72 minutos, ao parar um forte disparo de Albelda, mas quatro minutos depois, beneficiou de um claro falhanço de Mista para conseguir manter vivas as esperanças do Villarreal. No entanto, o Valência, mais experiente, controlou as operações e limitou-se a gerir o resultado até final. 

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