Dante fala em ajudar o Nice, do Bayern e de Guardiola
segunda-feira, 26 de setembro de 2016
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Contratado neste Verão, o defesa brasileiro Dante fala em ajudar o Nice com a sua experiência e relembra o Bayern de Josep Guardiola, a quem chama de "professor do futebol".
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Contratado pelo Nice neste Verão, o experiente defesa-central brasileiro Dante Bonfim é uma das caras novas famosas do renovado quarto classificado na Ligue 1 em 2015/16, ao lado de Mario Balotelli. O jogador, de 32 anos, fala ao UEFA.com do regresso a França ao fim de dez anos, das ambições do clube na UEFA Europa League – numa altura em que se prepara para defrontar o Krasnodar, na segunda jornada do Grupo I, após a derrota em casa com o Schalke – e do reencontro com o treinador Lucien Favre.
Vencedor da UEFA Champions Legue pelo Bayern na época 2012/13 – "a melhor da carreira" –, Dante elogia o técnico de então, Josep Guardiola, a quem chama de "professor do futebol" e procura ser "um grande pai" para os mais jovens num clube conhecido pela excelência da sua escola de futebol.
Sobre o regresso a França e o Nice...
A adaptação tem sido boa. Quando se continua falando bem o idioma [Dante esteve dois anos no LOSC Lille, de 2004 a 2006] isso facilita bastante a adaptação. E sobre o novo desafio: é uma equipa jovem, que tem um treinador que eu conheço, trabalhámos juntos na Alemanha [no VfL Borussia Mönchengladbach], por isso é um desafio muito bom e interessante. Queria um novo desafio, levar a minha experiência para ajudar o grupo. Estava bem na Alemanha e no [VfL] Wolfsburg, mas o Nice convenceu-me a assumir este projecto com o novo treinador e está tudo correndo muito bem. É uma equipa que está crescendo em França e que fez um grande campeonato na época passada.
O ambiente no estádio é muito bom, parecido com o brasileiro. Estou muito feliz e honrado por estar vivendo o calor humano dessa torcida. É uma coisa magnífica [o voo da águia antes dos jogos em casa]. Não existe em todo o lugar, tem no [SL] Benfica, na [SS] Lazio... Representa a cidade e o clube, uma cultura muito forte e isso é muito especial.
Sobre a UEFA Europa League...
O primeiro jogo nunca é fácil, [a UEFA Europa League] é uma nova competição e há jogadores que participam pela primeira vez. Antes do jogo tentámos aconselhar, dizer que tinham de jogar com alegria, com personalidade nos duelos, serem fortes e terem espírito vencedor. Acho que toda a equipa se comportou muito bem e agora é continuar soltando-se cada vez mais e ganhar os próximos jogos para nos qualificarmos. O Nice pode ir longe...
Sobre o reencontro com Favre...
Respeitamo-nos muito. É um treinador a quem tenho muito de agradecer. Se consegui chegar ao Bayern, jogar, impor-me e ganhar títulos foi graças aos seus ensinamentos.
Sobre conselhos aos jovens jogadores...
É um grande prazer ajudar os mais novos e vê-los progredir. O Nice tem um centro de formação muito bom, revela muitos bons jogadores, como se pode ver... É um grupo bastante jovem com alguns bons jogadores, e agora é trabalhar forte no dia-a-dia para continuar progredindo.
Quando se conseguiu chegar a este nível, jogar num grande clube com grande jogadores, adquirimos experiência e automaticamente você tem o respeito dos jovens. Isso dá liberdade para conversar com eles e orientá-los. Não quero estar acima deles, mas sim ser simplesmente um grande pai para ajudá-los a progredir. Quero vê-los também um dia ganharem a Champions League, que foi a sensação mais valiosa da minha vida.
Sobre a tripla de troféus com o Bayern em 2012/13...
Foi a melhor época da minha carreira, claro, sem dúvida! Ganhámos tudo e foi também quando cheguei à selecção brasileira. Foi um ano mágico! O Pep [Josep Guardiola] ensinou-me bastantes coisas. Não se discute as suas qualidades; onde chega imprime a sua filosofia, a sua forma de jogar. Agora está no Man City e já vemos isso... É um grande professor do futebol, tem um mundo diferenciado. É fenomenal. Foi uma honra ter trabalhado e aprendido tanto com ele.
