Wolfsburgo tenta lidar com perda de Malanda
quarta-feira, 28 de janeiro de 2015
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Em alta na primeira metade da Bundesliga e de regresso à acção, o Wolfsburgo, adversário do Sporting nos 16 avos-de-final, tenta recuperar da morte de Junior Malanda.
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O VfL Wolfsburg vai ter um percurso complicado para voltar ao estado de espírito certo no momento de regressar à competição na Bundesliga e UEFA Europa League - no final de uma paragem de Inverno ensombrada pela trágica perda do médio Junior Malanda. A tarefa começa logo com o mais complicado jogo de todos, esta sexta-feira, frente ao líder FC Bayern München.
Em campo o Wolfsburgo tem revelado uma cada vez maior força, mostrando ser a segunda melhor equipa da Bundesliga. Terminou em quinto lugar na época passada e a expectativa era que mantivesse esse registo. Contudo, os "lobos" estão à frente de três das quatro equipas alemãs que disputam a UEFA Champions League. O Bayern é um caso à parte.
O treinador Dieter Hecking, há dois anos no comando da equipa, tem aproveitado bem a qualidade do plantel à sua disposição para manter a boa forma tanto na Bundesliga como na UEFA Europa League. Em Fevereiro, a equipa disputa os 16 avos-de-final com o Sporting Clube de Portugal, um embate de grande calibre que irá, certamente, exigir o máximo dos jogadores.
Contudo, nas últimas duas emanas e meia ninguém no clube se preocupou muito com isso. O trágico desaparecimento de Junior Malanda, internacional Sub-21 belga de apenas 20 anos, tem dominado o pensamento de todos. Estava a caminho do aeroporto para se juntar à equipa que ia viajar para a África do Sul quando sofreu um acidente de viação fatal.
"Foi duro para todos nós", afirmou o director-executivo do clube, Klaus Allofs, após o funeral de Malanda, que teve a presença de mais de duas mil pessoas em Bruxelas. "Dizer adeus ao Junior doi tremendamente."
O Wolfsburgo tem feito todos os possíveis para apoiar os seus jogadores, contratando Andreas Marlovitz, famoso psicólogo que ajudou o Hannover 96 a lidar com a morte do guarda-redes Robert Enke há cinco anos. Um grande peso reside agora sobre os ombros de Hecking.
"Sei que não consigo resolver tudo", disse o técnico de 50 anos à revista Kicker. "Ajudou-me não ter contido as lágrimas... Tenho grande confiança nos meus jogadores. O carácter da equipa é forte; temos imensa qualidade e espero que consigamos mostrar isso mesmo na segunda metade da época."