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Videoton espera imitar pioneiros da Hungria

O Videoton tenta ser a primeira equipa da Hungria a passar uma fase de grupos e o UEFA.com recorda os feitos notáveis do país nos palcos europeus, com ligações a Portugal.

Ferenc Puskás, do Real Madrid, marca de penalty ao Eintracht na final da Taça dos Campeões de 1960
Ferenc Puskás, do Real Madrid, marca de penalty ao Eintracht na final da Taça dos Campeões de 1960 ©Getty Images

O Videoton FC, treinador pelo português Paulo Sousa e no qual actuam os compatriotas Marco Caneira e Filipe Oliveira, pode fazer historial no país esta semana e tornar-se no primeiro clube da Hungria a passar a fase de grupos de uma competição da UEFA.

No entanto, o seu destino não depende apenas de si, já que parte para a última jornada do Grupo G da UEFA Europa League, na quinta-feira, a precisar de ganhar ao Sporting Clube de Portugal e esperar que o FC Basel 1893, segundo classificado, perca pontos frente ao KRC Genk. "Sabemos que as coisas agora estão muito mais difíceis", admitiu Sousa após a derrota em casa do Videoton frente ao Genk, a 22 de Novembro, mas ainda existe esperança para a equipa que dista dois pontos do Basileia.

De certo modo, seria apropriado se o Videoton conseguisse contrariar as probabilidades, já que foi a última equipa húngara a alcançar um feito notável na Europa, quando em 1985 protagonizou uma caminhada fantástica até à final da Taça UEFA, perdida ante o Real Madrid CF com um resultado total de 3-1.

Celebramos cinco estreias húngaras no futebol europeu.

Vasas SC, 1957/58
Primeiro semifinalista húngaro numa importante competição europeia
Entre a convulsão política da Hungria na década de 1950, o Vasas causou o primeiro impacto significativo do país nas competições europeias ao eliminar PFC CSKA Sofia, BSC Young Boys e AFC Ajax a caminho das meias-finais da Taça dos Clubes Campeões Europeus, fase na qual encontrou o Real Madrid. Uma derrota por 4-0 no Santiago Bernabéu, com "hat-trick" de Alfredo Di Stéfano, parecia ter selado o destino da formação de Budapeste, mas o campeão húngaro respondeu na segunda mão e, aos 53 minutos vencia por 2-0. Só que o Real aguentou a vantagem e apurou-se com um resultado total de 4-2.

Ferenc Puskás (Real Madrid CF, 1959/60)
Primeiro (e único) jogador húngaro a ficar com a bola do jogo numa final europeia
Entre os muitos feitos do lendário Puskás está o recorde de quatro golos na final da Taça dos Campeões de 1960, quando o Eintracht Frankfurt foi destroçado pela eficácia do "Major Galopante" e do seu cúmplice Di Stéfano. O argentino assinou um "hat-trick", mas foi batido pelos quatro golos de Puskás, numa exibição que confirmou o regresso ao mais alto nível do futebol mundial após as madrugadoras façanhas ao serviço do Budapest Honvéd FC e da selecção da Hungria.

Nándor Hídegkuti (ACF Fiorentina, 1960/61)
Primeiro treinador húngaro a conquistar um importante troféu europeu
Em 1961, as duas vitórias nas competições de clubes da UEFA foram arquitectadas por treinadores húngaros: Hídegkuti, antigo avançado internacional, liderou os italianos da Fiorentina até à glória na Taça das Taças, quatro dias antes de Béla Guttmann conduzir o SL Benfica à vitória na final da Taça dos Campeões frente ao FC Barcelona. Hídegkuti estava a meio de um período de dois anos na equipa de Florença, que eliminou o Rangers FC com um resultado total de 4-1. Mais tarde, regressou à Hungria para orientar o Győri ETO FC e levou-o às meias-finais da Taça dos Campeões em 1964/65.

MTK Budapest, 1963/64
Primeira equipa húngara a alcançar uma final europeia
Dois dos melhores jogadores húngaros, Ferenc Kovács e Károly Sándor, ajudaram o MTK a afastar PFC Slavia Sofia, BSG Motor Zwickau, Fenerbahçe SK e Celtic FC, tornando-se no primeiro clube da Europa de Leste a atingir a final de uma competição da UEFA, frente ao Sporting, em Bruxelas. Um empate 3-3, com bis de Sándor, obrigou à realização de uma finalíssima dois dia depois, mas um tento madrugador do Sporting revelou-se suficiente para bater o MTK.

Flórián Albert (Ferencvárosi TC, 1967)
Primeiro (e único) jogador húngaro a ganhar a Bola de Ouro
Um dos melhores avançados europeus, o elegante jogador do Ferencváros liderou o ataque da selecção húngara durante mais de uma década e inspirou o seu único clube à vitória na Taça das Cidades com Feira, em 1965, o único troféu europeu ganho por uma equipa do país. Apelidado de "O Imperador", recebeu o cobiçado prémio de Futebolista Europeu do Ano em 1967 depois de conseguir uma média de mais de um golo por jogo, que ajudou o Ferencváros a sagrar-se campeão húngaro.