Itália segura na fase seguinte
segunda-feira, 6 de outubro de 2003
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Itália 2-0 Bélgica
Golos de Francesco Totti e Stefano Fiore asseguram a presença dos "azzurri" nos quartos-de-final mercê da segunda vitória no grupo.
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A Itália tem praticamente garantido um lugar nos quartos-de-final do UEFA EURO 2000, após uma exibição eficiente onde fez uso das suas habilidades naturais para marcar nas poucas oportunidades de que dispôs, e para nunca entrar em pânico quando, sob pressão, foi obrigada a recuar. Francesco Toldo, foi determinante ao defender tudo o que havia para defender, quando a Bélgica lutava desesperadamente para chegar ao empate antes Stefano Fiore fazer o segundo golo da Itália.
Paolo Maldini, o líder da defesa italiana, recuperou de uma lesão e voltou ao seu lugar no onze inicial. O veterano jogador precisou de mostrar toda a sua reconhecida autoridade, pois a Bélgica voltou a canalizar todo o seu jogo atacante pela direita como fizera contra a Suécia. Filip De Wilde provocava risos irónicos na bancada cada vez que recebia um passe e precisava de fazer o respectivo alívio. Ninguém ainda esquecera o que se tinha passado quatro dias antes, quando após um atraso ofereceu um golo à Suécia.
A Itália começou forte, tentando fazer um golo rapidamente, e o guarda-redes belga teve de sair decidido da baliza, para impedir Francesco Totti de aproveitar um passe longo. António Conte aproveitou a passividade de Gert Verheyen, para fazer um cruzamento longo, levando De Wilde primeiro a defender um remate de Maldini e depois voltou a negar o golo a um remate à meia volta de Filippo Inzaghi.
A pressão continuou à volta da baliza belga e aos seis minutos a partir de um livre directo a Itália ficou em vantagem. Conte assistiu Totti que de cabeça marcou à boca da baliza. A Bélgica respondeu de imediato, encontrando um homem solto no segundo poste, numa jogada decorrida no flanco direito. A bola foi passada para trás onde apareceu Bart Goor, marcador do primeiro golo do torneio, mas desta vez o seu forte remate foi defendido para a barra por Francesco Toldo.
Foi o início do assalto da Bélgica à baliza de Toldo. O poder físico de Goor, aliado ao poder ofensivo de Marc Wilmots e a capacidade de recuperação de bola de Yves Vanderhaeghe, ajudaram a Bélgica a dominar as zonas centrais do campo. Os belgas rematavam de todo o lado, mas a bola ia ter com Toldo como se de um íman se tratasse. A Itália pareceu satisfeita em segurar a vantagem, graças, em grande parte, à acção de Toldo, que defendeu para canto um forte remate de Lorenzo Staelens. A sua defesa seguinte foi ainda mais espectacular, usando a luva direita para defender um livre directo apontado pelo recém-entrado Luc Nilis.
Parecia improvável que o 1-0 durasse mais tempo. Dado que a Bélgica não conseguia marcar, e estando cada vez mais balanceada para o ataque, era natural que as suas costas ficassem mais desprotegidas. Assim aos 66 minutos Fiore, tabelou com Inzaghi, e em arco rematou fora do alcance de De Wilde.
"Onzes"
Itália: Toldo; Cannavaro, Nesta, Iuliano, Zambrotta, Maldini (c); Albertini, Conte, Fiore (Ambrosini 83); Totti (Del Piero 63), Inzaghi (Delvecchio 77)
Suplentes: Abbiati, Antonioli, Ferrara, Negro, Di Livio, Pessotto, Di Biagio, Montella
Seleccionador: Dino Zoff
Bélgica: De Wilde; Staelens (c), Deflandre, Valgaeren, Van Kerckhoven (Hendrikx 46); Vanderhaeghe, Verheyen (M. Mpenza 67), Goor, Wilmots; E. Mpenza, Strupar (Nilis 58)
Suplentes: De Vlieger, Herpoel, Clement, Walem, Peeters, Léonard, Van Meir, De Bilde
Seleccionador: Robert Waseige
Árbitro: José María García-Aranda (Espanha)
Melhor em Campo: Francesco Totti (Itália)