Alemanha confirma favoritismo frente à República Checa
segunda-feira, 6 de outubro de 2003
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Alemanha 2-0 República Checa
Dois golos em seis minutos na primeira parte deram à Alemanha uma vitória natural na estreia, frente aos homens de Dušan Uhrin.
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A Alemanha justificou o seu habitual estatuto de favorita à vitória no torneio com uma vitória inequívoca, no jogo inaugural, sobre uma República Checa em que poucos apostavam, quer antes, quer depois da partida.
Superando as ausências do avançado Jürgen Klinsmann (castigado) e do central Jürgen Kohler, um dos melhores na marcação homem-a-homem, a Alemanha apontou dois golos quase idênticos que simbolizavam o toque, a força e a confiança do seu futebol. Christian Ziege, uma solução recente para o papel de defesa-esquerdo, e Andreas Möller, um médio de créditos firmados, receberam ambos a bola, após tabelas com colegas, fora da área, e bateram o guardião Petr Kouba, com remates baixos e fortes, deixando o destino do jogo bem claro aos 32 minutos.
Os finalistas vencidos do EURO ’92 abriram o activo aos 26 minutos, após uma impressionante corrida de Ziege que lhe permitiu tabelar com Fredi Bobic, ultrapassar Radoslav Látal, trocar as voltas a Miroslav Kadlec e bater Kouba, com um remate a 20 metros da baliza.
Uma vantagem que os dinâmicos alemães bem mereciam, depois de já terem posto Kouba à prova com um "volley" de Bobic, na área e de verem Möller e Thomas Hässler a conseguirem remates, em força, que saíram mesmo ao lado da baliza. A Alemanha tinha perdido o seu capitão, Kohler, aos 14 minutos, devido a uma lesão que o afastou do resto do torneio, mas o homem que assumiu a braçadeira – Mattias Sammer – mostrou estar preparado, ao conduzir a equipa à vitória final na prova.
Mas nem sempre foi fácil e se Pavel Nedvěd não tivesse desperdiçado, por duas vezes, a hipótese de marcar o seu primeiro golo pela selecção, o resultado final podia ter sido bem diferente. Mas o que os homens de Dušan Uhrin viram foi Möller a ampliar a vantagem da Alemanha, pouco depois da meia-hora, a concluir uma corrida de 40 metros com um remate baixo e certeiro.
A segunda parte foi de contenção para a Alemanha, com a República Checa a mostrar-se mais ofensiva depois da entrada de Patrik Berger. Porém, foram os bicampeões europeus quem estiveram mais perto de marcar, com Kouba a travar tentativas de Thomas Helmer e Hässler e Nedvěd a afastar, em cima da linha, uma bola rematada por Ziege. No fim do jogo muito poucos previam que estas duas formações voltariam a encontrar-se na final.
Equipas
Alemanha: Köpke; Ziege, Kohler (c) (Babbel 14), Sammer, Helmer, Reuter; Hässler, Möller, Eilts; Kuntz (Bierhoff 83), Bobic (Strunz 65)
Suplentes: Bode, Scholl, Kahn, Schneider, Reck
Seleccionador: Berti Vogts
Czech Republic: Kouba; Suchopárek, Kadlec (c), Horňák; Nedvĕd, Bejbl, Frýdek (Berger 46), Nĕmec, Látal; Kúka, Poborský (Drulák 46)
Suplentes: Nĕmeček, Kubík, Srníček, Šmicer, Kotůlek, Rada, Novotny, Kerbr, Maier
Seleccionador: Dušan Uhrin
Árbitro: David Elleray (Inglaterra)
Melhor em Campo: Matthias Sammer (Alemanha)