Checos na final do EURO '96 graças aos penalties
segunda-feira, 6 de outubro de 2003
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França 0-0 República Checa (5-6 nos penalties)
Petr Kouba foi o herói dos checos ao negar a conversão de Reynald Pedros no desempate e apurá-los para a final de Wembley.
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Dizimada por castigos, a República Checa fez uma bela exibição a nível defensivo e derrotou a França no desempate por grandes penalidades, chegando à primeira final de um Campeonato da Europa como país independente.
Os checos tinham surpreendido ao atingir, sem grandes sobressaltos, as meias-finais, mas o caminho para a final complicou-se com as ausências de Jan Suchopárek, Radoslav Látal, Pavel Kuka e Radek Bejbl, todos suspensos. Os franceses também não contavam com o capitão Didier Deschamps (lesão) nem com o médio Christian Karembeu (castigo) e o jogo de Old Trafford revelou-se muito fechado. A decisão aconteceu nos penalties e o falhanço de Reynald Pedros foi decisivo para a vitória da equipa de Dušan Uhrin, por 6-5.
A emoção esteve arredada do encontro durante a maior parte do tempo e nada de relevante se passou até ao intervalo. No início da segunda parte, Youri Djorkaeff, o habitual agitador da selecção francesa, voltou a entrar em acção. Em duas ocasiões no espaço de dois minutos, o avançado esteve perto de dar vantagem à equipa de Aimé Jacquet ao acertar na barra num remate a 25 metros da baliza checa, antes de falhar o alvo num espectacular pontapé de bicicleta.
O atrevimento de Djorkaeff acordou os checos e a velocidade de Patrik Berger deu, finalmente, razões de preocupação à França. Karel Poborský também deu vida ao ataque checo, mas apenas com um atacante a quem passar a bola, o trabalho dos médios da República Checa acabou por não dar frutos.
A história foi mais ou menos a mesma do lado francês, pois Patrice Loko pareceu sempre demasiado sozinho no ataque (Pedros saltou do banco para animar a partida) e o prolongamento tornou-se inevitável. Pedros e Loko estiveram perto de desfazer o nulo, mas a regra de golo de ouro não serviu para mais do que encorajar as equipas a abordar o jogo de forma ainda mais conservadora.
Seguiram-se cinco grandes penalidades transformadas por cada equipa, até que Petr Kouba negou o golo a Pedros. Na tentativa seguinte, Miroslav Kadlec, o capitão checo, ultrapassou a hesitação inicial e rematou de forma eficaz e prolongou a improvável aventura da equipa até à final de Wembley.
Equipas
França: Lama; Lizarazu, Roche, Blanc (c), Thuram (Angloma 83); Guérin, Djorkaeff, Desailly, Zidane, Lamouchi (Pedros 62); Loko
Suplentes: Di Meco, Leboeuf, Barthez, Madar, Martins, Martini
Seleccionador: Aimé Jacquet
República Checa: Kouba; Rada, Kadlec, Horňák,; Novotný, Nĕmec (Kubík 84), Nĕmeček (c), Nĕdved; Šmicer (Berger 46), Drulák (Kotůlek 70), Poborský
Suplentes: Frýdek, Srníček, Kerbr, Maier
Seleccionador: Dušan Uhrin
Árbitro: Leslie Mottram (Escócia)
Melhor em Campo: Miroslav Kadlec (República Checa)