O UEFA.com funciona melhor noutros browsers
Para a melhor experiência possível recomendamos a utilização do Chrome, Firefox ou Microsoft Edge.

Gatt, Vella e Magro recordam triunfo histórico de Malta

"O público não parava de nos aplaudir no final do jogo", recorda Vincent Magro, um dos heróis do sensacional triunfo por 2-0 de Malta sobre a Grécia há 40 anos.

Vince 'Maxi' Magro (à esquerda) após apontar o segundo golo de Malta frente à Grécia
Vince 'Maxi' Magro (à esquerda) após apontar o segundo golo de Malta frente à Grécia ©UEFA.com

Os adeptos de Malta de certa idade lembrar-se-ão certamente do dia de 23 de Fevereiro de 1975, quando a sua selecção bateu surpreendentemente a Grécia, por 2-0, em jogo da qualificação para o Campeonato da Europa, em Gzira. Aconteceu num campo pelado, dado não existirem na altura relvados no país e onde os malteses tinham, pouco tempo antes, perdido por apenas 1-0 frente à campeã mundial República Federal da Alemanha.

O já falecido Richard Aquilina e Vince "Maxi" Magro assinaram os golos desse triunfo, enquanto o estreante Robert Gatt sobreviveu ao autêntico assalto à sua baliza. Alguns dos intervenientes nesse encontro recordam-no agora no UEFA.com.

Eddie Vella: Treinar sob as ordens de Terenzio Polverini era fantástico. Lembro-me de ele me dizer nada o iria impedir de levar a melhor sobre Alketas Panagoulias, então seleccionador da Grécia. Ele era corajoso e soube motivar-nos.

O primeiro golo nasceu de um rápido lançamento de linha lateral; dei a bola ao Ritchie Aquilina e o remate dele apanhou o guarda-redes grego desprevenido. Também participei no segundo golo. Passei a bola a Carlo Seychell, que depois fez a assistência para Vince Magro.

Vincent Magro: Polverini tinha-me dito para tentar fazer chapéus ao guarda-redes grego, pois ele saía muitas vezes de perto da linha de golo. E foi assim que marquei.

No final, o público não parava de nos aplaudir, não nos deixava recolher aos balneários. Infelizmente, o único objecto de recordação que ainda tenho desse jogo é a camisola que troquei com um jogador grego. As botas tive de as devolver à federação no final do encontro, como era regra na altura.

Vella, Gatt e Magro, 40 anos depois
Vella, Gatt e Magro, 40 anos depois©Domenic Aquilina

Robert Gatt: Foi o meu primeiro jogo internacional, mas não estava nem demasiadamente entusiasmado, nem nervoso; estava, apenas, totalmente concentrado.

Em desvantagem, a Grécia pressionou-nos bastante, sobretudo nos minutos finais, com ataque atrás de ataque, mas com algumas boas defesas da minha parte e uma excelente actuação defensiva no geral, sobrevivemos.

Seleccionados para si