O UEFA.com funciona melhor noutros browsers
Para a melhor experiência possível recomendamos a utilização do Chrome, Firefox ou Microsoft Edge.

Onde foi ganha a final do UEFA EURO 2016

O EURO2016.com analisa os principais momentos do triunfo de Portugal, da saída extemporânea de Cristiano Ronaldo no jogo ao golo inesperado do suplente Éder.

Éder marca o golo que deu a vitória a Portugal no UEFA EURO 2016
Éder marca o golo que deu a vitória a Portugal no UEFA EURO 2016 ©Getty Images

Ronaldo obriga a alterações
Qualquer equipa que fique tão cedo sem um jogador como Cristiano Ronaldo tem de se ajustar – a lesão do capitão, a sua tentativa de continuar a jogar e, por fim, a saída em maca marcaram grande parte da primeira parte e não só. Chamado a substituí-lo, Ricardo Quaresma não conseguiu ter a mesma capacidade de liderança –mas, nas circunstâncias, quem teria? – e Portugal recuou no terreno, colocando várias vezes toda a gente atrás da linha da bola.

Só quando Éder entrou a 11 minutos do fim do tempo regulamentar é que a equipa de Fernando Santos teve um avançado digno desse nome, não obstante Nani e o excelente João Mário tenham tido investidas perigosas em contra-ataque. Porém, quando parecia que o jogo ia para as grandes penalidades, a aposta no contra-golpe compensou.

França contida
Brilhante no ataque na segunda parte contra a República da Irlanda, e depois contra a Islândia e a Alemanha, a França foi incapaz de penetrar no sólido bloco defensivo português. Com uma defesa que conseguiu anular em grande medida Antoine Griezmann e Olivier Giroud, e com um Dimitri Payet tão ineficaz que foi substituído no início do segundo tempo, os gauleses não conseguiram superar a Selecção das Quinas. É certo que Kingsley Coman, que substituiu Payet, conseguiu, por breves momentos, furar o esquema defensivo luso, mas o sempre excelente Raphael Guerreiro foi rápido a tapar esse buraco.

Heroísmo do guarda-redes
É preciso recuar até 1980 para haver uma final em que um guarda-redes fez mais defesas do que as sete de Rui Patrício nos 90 minutos desta final – as melhores foram para travar remates de Sissoko em cada uma das partes; a primeira foi uma defesa em que Patrício ficou de pé, a segunda um mergulho para a direita que evitou a entrada da bola na baliza. O guarda-redes do Sporting só não sofreu golos num dos jogos do Grupo F – e foi batido três vezes pela Hungria –, mas na fase de eliminatórias não sofreu golos em três partidas. Uma excelente exibição de um guarda-redes que, recorde-se, não sofreu qualquer golo nos últimos 298 minutos do campeonato português.

Ir para lá do tempo regulamentar
Cinco jogos do UEFA EURO 2016 foram a prolongamento e, nesses 30 minutos extra, foram marcados apenas dois golos – ambos por Portugal e ambos por suplentes. Primeiro foi Quaresma, que marcou no 117.º minuto contra a Croácia nos oitavos-de-final, quando Portugal só tinha feito cinco remates à baliza adversária. Depois, no Stade de France, a equipa de Fernando Santos voltou a aguentar a pressão. A França tinha o dobro dos remates à baliza – 18 contra 9 – mas Portugal não vergou. E a equipa que só esteve em vantagem durante 73 dos 720 minutos que disputou no torneio foi para casa com o troféu.

"Timing" perfeito de Éder
Éder nunca tinha marcado um golo num jogo oficial da selecção – aliás, antes desta noite, o avançado luso só tinha três golos em 28 partidas internacionais. Todavia, a sua entrada ao minuto 79 para substituir o médio Renato Sanches permitiu que a equipa de Fernando Santos passasse do 4-4-2 para o 4-3-3. Com a sua presença física, obrigou Laurent Koscielny e Samuel Umtiti a recuarem – e depois de ultrapassar de forma possante os centrais franceses, Éder criou o espaço a partir do qual fez o remate que deu a Portugal a vitória no EURO.