Seis grandes jogos dos quartos-de-final do EURO
quarta-feira, 3 de julho de 2024
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Recorde seis grandes jogos, entre os quais as vitórias de Inglaterra, França, Portugal, Grécia, Turquia e País de Gales.
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Golos perto do fim, penáltis, emoção: os quartos-de-final do UEFA EURO têm tido de tudo um pouco ao longo dos anos.
Recordamos seis grandes jogos desta fase da competição, mais concretamente desde 1996, quando foram introduzidos os quartos-de-final após o torneio passar a contar com 16 equipas.
22/06/1996: Inglaterra 0-0 Espanha (ap, 4-2 pen)
A tensão em Wembley estava ao rubro, com a Inglaterra, moralizada por uma vitória convincente sobre a Holanda no último jogo da fase de grupos, por 4-1, a defrontar uma promissora Espanha. Os ibéricos viram dois golos anulados por fora-de-jogo, mas, antes do intervalo, conseguiram furar a defesa inglesa. Javier Manjarín ganhou espaço, hesitou, perdeu tempo e permitiu a David Seaman fazer a defesa.
Chegou-se ao prolongamento, com a regra do golo de ouro em jogo pela primeira vez. Nenhuma das equipas marcou e a Inglaterra conseguiria uma rara vitória num desempate por grandes penalidades, que ficou na memória pelos festejos efusivos de Stuart Pearce, a exorcizar os fantasmas do seu falhanço no Campeonato do Mundo de 1990.
25/06/2000: Espanha 1-2 França
A França dominou a prova em 2000 e viria a sagrar-se campeã, mas a Espanha levou-a ao limite nos quartos-de-final, em Bruges. Zinédine Zidane deu vantagem aos "Bleus", pouco depois da meia-hora de jogo, só que Gaizka Mendieta, de penalty, restabeleceu a igualdade.
A França voltou a adiantar-se depois do intervalo, numa arrancada de Patrick Vieira bem concluída por Youri Djorkaeff. Nos minutos finais, a Espanha desperdiçou uma oportunidade flagrante para forçar o prolongamento quando Raúl González dispôs de um penalty, rematando por cima da barra. Os franceses apuraram-se e seguiram, em grande estilo, para a conquista do título.
24/06/2004: Portugal 2-2 Inglaterra (ap, 6-5 pen)
Michael Owen deu vantagem madrugadora à Inglaterra em Lisboa com um remate acrobático, tornando-se no primeiro jogador inglês a marcar em quatro fases finais seguidas de grandes competições, mas a equipa de Eriksson perdeu o jovem Wayne Rooney, de 18 anos, devido a lesão, e Hélder Postiga empatou na segunda parte.
Sol Campbell teve um golo anulado aos 90 minutos e Rui Costa pôs Portugal na frente do prolongamento, mas Frank Lampard forçou os penáltis logo a seguir. Num desempate emocionante, David Beckham falhou e Ricardo defendeu o remate de Darius Vassel (sem luvas) antes de converter ele próprio a grande penalidade que apurou Portugal.
25/06/2004: França 0-1 Grécia
Na lista mais pelo escândalo do que por outra razão. Ninguém podia prever que a Grécia iria não só vencer a França pela primeira vez na sua história, como também seguir para a conquista do título europeu.
A selecção grega quase ficou em vantagem em Lisboa num cabeceamento ao segundo poste de Kostas Katsouranis, após livre marcado por Giorgos Karagounis, que Fabien Barthez defendeu mesmo em cima da linha. O golo surgiria aos 65 minutos, por intermédio de Angelos Charisteas... e o resto é história.
21/06/2008: Croácia 1-1 Turquia (ap, 1-3 pen)
Por onde começar? A Turquia conseguiu chegar, pela primeira vez, a uma meia-final do EURO, num grande jogo em Viena, decidido nos penalties, depois de as duas equipas terem marcado nos últimos instantes do prolongamento.
A um minuto do fim, Ivan Klasnić finalizou um cruzamento de Luka Modrić, mas, pelo terceiro jogo seguido, a Turquia marcou nos instantes finais, num remate de Semih Şentürk que ainda sofreu um desvio. No primeiro desempate por penalties do torneio, Rüştü Reçber foi o herói ao defender a tentativa de Mladen Petrić, depois de Modrić e Ivan Rakitić também terem falhado.
01/07/2016: País de Gales 3-1 Bélgica
Considerando que o País de Gales estava apenas no seu segundo grande torneio internacional, 58 anos depois do primeiro, poucos pensavam que conseguiriam igualar a sua campanha até aos quartos-de-final do Campeonato do Mundo de 1958, e muito menos melhorá-la. Sobretudo quando o destino os colocou frente a frente com uma Bélgica repleta de talento estelar e que abriu vantagem aos 13 minutos, através de um remate de longa distância de Radja Nainggolan.
Mas, aos 30 minutos, em Lille, Ashley Williams marcou de cabeça na sequência de um canto de Aaron Ramsey e, aos dez minutos da segunda parte, um jogador que tinha chegado à fase final sem clube, Hal Robson-Kanu, fez uma brilhante rotação dentro da área e rematou com êxito. A Bélgica pressionou, mas o suplente Sam Vokes resolveu o jogo para o País de Gales a cinco minutos do fim. "Sonhámos com noites como esta", disse o treinador Chris Coleman. O País de Gales acabou por cair nas meias-finais frente a Portugal, mais tarde campeão, depois de ter conseguido o que parecia impossível.