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Relatório de apuramento: Suíça, 2º do Grupo A

Matthew Howarth, repórter junto da selecção suíça, destaca o que a equipa de Vladimir Petković fez de bom para se apurar e os aspectos em que precisa de melhorar.

Os jogadores suíços celebram a boa exibição realizada ante a França
Os jogadores suíços celebram a boa exibição realizada ante a França ©Panoramic

O empate a zero entre Suíça e França, no domingo, confirmou a passagem da selecção helvética à fase a eliminar de um Campeonato da Europa da UEFA pela primeira vez na sua história.

Os pupilos de Vladimir Petković terminaram no segundo posto do Grupo A, atrás da selecção da casa, mas tiveram de se esforçar para segurar um ponto no Stade Pierre Mauroy. Apesar do resultado ter acabado por ser positivo, a Suíça terá agora de elevar o nível do seu jogo se quiser ir além dos oitavos-de-final, onde vai medir forças com o segundo classificado do Grupo C.

O EURO2016.com examina o percurso da Suíça até à fase a eliminar e destaca os aspectos onde terá de melhorar.

O que lhe permitiu chegar até aqui

Estabilidade defensiva
O apuramento suíço teve por base um sector defensivo eficaz. Fabian Schär e Johan Djourou brilharam no centro da defesa e contaram atrás de si com a segurança do guarda-redes Yann Sommer, que salvou a equipa com duas soberbas defesas frente à Albânia, sendo merecidamente eleito Melhor em Campo ante a França.

Pêndulo suíço
Até ao momento em que foi escrito este artigo, nenhum outro jogador tinha completado mais passes no torneio do que Granit Xhaka (283). O novo médio do Arsenal pode passar muitas vezes despercebido, mas é ele que confere equilíbrio à equipa, fazendo sentir a sua presença no centro do terreno.

Filosofia de jogo baseada na posse de bola
Os adeptos da França esperariam certamente que fosse a sua equipa a dominar a posse de bola em Lille, mas não foi o caso. A Suíça teve 59 por cento do tempo de posse de bola frente aos "bleus" e terminou a fase de grupos com uma média de 58 por cento nesse capítulo. Só Alemanha, Espanha e Portugal têm uma percentagem superior.

O que tem de melhorar

Marcar mais golos
Petković afirmou, depois do empate de domingo, que os seus jogadores tinham de ser mais pragmáticos no último terço do terreno. Haris Seferović em particular não mostrou frieza na finalização, desperdiçando três ocasiões de golo frente à Albânia, em situações de um-para-um, e outras duas no empate com a Roménia. Tal falta de eficácia poderá custar caro numa fase mais avançada da competição.

Tirar maior proveito de Shaqiri
Xherdan Shaqiri não está a exibir-se no torneio ao nível a que já nos habituou, somando apenas uma assistência, logo no primeiro jogo, no triunfo por 1-0 sobre a Albânia. O extremo de 24 anos foi substituído aos 79 minutos contra a França, num jogo onde o seu nível exibicional foi um pouco melhor, mas terá de continuar a crescer, para bem das hipóteses da Suíça em ir mais além.

Manter a fé em Embolo
O potencial de Breel Embolo está à vista de todos. Rápido, forte e tecnicamente dotado, o avançado de 19 anos foi uma dor de cabeça para a defesa francesa antes de ser substituído, devido a cansaço, a meio do segundo tempo. O jogador do Basileia terá de saber aprender as lições daquela que foi a sua estreia a titular num grande torneio, e certamente vai melhorar a cada jogo que dispute.