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Hungria supera expectativas

"Estamos a superar todos os nossos sonhos e expectativas", reconheceu o capitão Balázs Dzsudzsák, após um golo tardio frente à Islândia ter deixado a Hungria na liderança do Grupo F.

Balázs Dzsudzsák com o chapéu de "cowboy" no final do jogo
Balázs Dzsudzsák com o chapéu de "cowboy" no final do jogo ©Getty Images

Flórián Albert, László Kubala, Lajos Détári, os mágicos magiares de Puskás. A selecção de 2016 da Hungria tem uma grande tradição a honrar. No entanto, após 30 anos de travessia do deserto, poucos se poderão queixar do desempenho da equipa de Bernd Storck até ao momento: dois jogos, nenhuma derrota e dois pontos de vantagem na liderança do Grupo F.

Paciência, boa organização e golos no momento certo, marcados por Ádám Szalai e o suplente Zoltán Stieber, permitiram o triunfo sobre a Áustria na primeira jornada, enquanto que um empate com a Islândia foi a recompensa pela mentalidade atacante e persistência obstinada frente a adversários determinados. Storck jogou com três avançados nos últimos dez minutos do jogo em Marselha, uma opção nada habitual numa equipa que é naturalmente cautelosa.

Ainda não é altura para colocar a equipa de Storck a par das maiores selecções da Hungria do passado, mas o rendimento defensivo é digno de nota - apenas cinco golos sofridos nos últimos sete jogos – assim como a capacidade de luta. No final do jogo com a Islândia, o defesa-esquerdo Tamás Kádár afirmou: "Considero que temos qualidade. Todos podem ver que esta equipa trabalha muito para ter sucesso, estamos todos exaustos. Todos demos o máximo em campo e nunca deixámos de acreditar que podíamos marcar neste jogo".

O médio Zoltán Gera concordou: "Fizemos o suficiente para merecer pelo menos um ponto. Poderíamos ter marcado três golos, mas podemos estar satisfeitos por termos conseguido empatar no último minuto. Não fiquei surpreendido por termos a maioria da posse de bola. Teria sido maravilhoso se tivéssemos ganho o jogo, mas podemos estar satisfeitos".

O capitão Balázs Dzsudzsák apareceu na zona mista com um chapéu de "cowboy" decorado com as cores da Hungria e com uma bandeira nacional pendurada à cintura. Parecia mais do que satisfeito com os quatro pontos somados, que significam que um empate frente a Portugal na terceira jornada é suficiente para a Hungria passar à fase seguinte.

"Fizemos uma exibição fantástica e no final marcámos um golo que permitiu conquistar um ponto", destacou. "É inacreditável estarmos a falar disto. Estamos a superar todos os nossos sonhos e expectativas. Viemos para o EURO só para concretizar um sonho. Estamos a provar que a nossa qualificação não surgiu por acaso, que merecemos. Temos muito mérito, e ninguém pensava que nesta altura estaríamos na liderança, com quatro pontos. O nosso objectivo é continuar concentrados e ver o que acontece".