A história do UEFA EURO 2012: Terceira parte
sábado, 15 de dezembro de 2012
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Na última de três partes da nossa análise do UEFA EURO 2012, falámos com Grigoriy Surkis, Oleh Gusev, Serhiy Rebrov e Robert Lewandowski sobre o legado deixado pelo torneio na Polónia e na Ucrânia.
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Se o futebol praticado no UEFA EURO 2012 foi entusiasmante, o legado a longo-prazo do torneio disputado na Polónia e Ucrânia constituirá o verdadeiro medidor do êxito da competição. Na terceira e última parte deste olhar sob o evento, o UEFA.com avalia os benefícios que os dois países esperam obter.
Foram oito as cidades (quatro de cada país) a albergar jogos, todas elas com estádios novos ou remodelados e melhorias a nível de caminhos-de-ferro, estradas e ligações aéreas. O médio ucraniano Oleh Gusev afirmou ao UEFA.com: "Foi uma honra a Europa ter-nos escolhido como anfitriões do EURO. Isso significa que provámos o nosso valor não apenas no que ao futebol diz respeito, mas também enquanto país credível. Estou, naturalmente, muito orgulhoso do nosso país."
Por seu lado, o ponta-de-lança polaco Robert Lewandowski acrescentou: "No que toca à organização de um torneio, os polacos mostraram que são mais do que capazes. Os amantes do futebol puderam ver que tudo na Polónia foi de um nível de classe mundial. O torneio foi fantástico, os adeptos viveram uma grande festa de futebol durante todo o torneio e todos se uniram, independentemente das suas origens."
Só na Ucrânia, estima-se que o torneio tenha levado ao país mais de dois milhões de visitantes. Todos se deixaram inspirar por Amigos do EURO de renome, entre os quais se encontravam, entre outros, Vitaliy e Volodymyr Klitschko, Serhiy Bubka e Andriy Shevchenko.
Serhiy Rebrov, antigo colega de Shevchenko no ataque da selecção ucraniana, afirmou: "Pessoas como Klitschko, Bubka ou Shevchenko ajudam a promover um estilo de vida saudável, mas também os mais jovens, que estão a dar os primeiros passos nas suas vidas sem saberem para onde seguir. O EURO mostrou a importância de pessoas com a capacidade de liderança de Andriy Shevchenko. Penso que, agora, muitas crianças, depois de verem os jogos, vão fazer o seu melhor para atingirem o nível dele."
Essa oportunidade para desenvolver e cultivar o futebol na Polónia e Ucrânia é, talvez, o maior presente que o UEFA EURO 2012 ofereceu. Verificou-se já, em ambos os países, um aumento dos gastos em projectos ligados às "raízes" do futebol, dos quais se espera que milhares de jovens venham a beneficiar ao longo dos próximos anos.
Grigoriy Surkis, presidente da Federação Ucraniana de Futebol (FFU), salientou: "Um evento desta escala e com esta importância irá sempre conferir um grande ímpeto ao futebol. Uma coisa é ver um jogo de futebol pela TV e, naturalmente, outra coisa bem diferente é estar nos estádios e assistir aos jogos ao vivo."
Lewandowski concordou: "O Campeonato da Europa foi algo de único. Tratou-se de um grande evento, não só para a população polaca, mas igualmente para toda a Europa. Novos estádios, grandes expectativas, uma grande festa do futebol, uma excelente atmosfera."
"Naturalmente, queríamos jogar ao nosso melhor nível. Não vencemos o último jogo e, como tal, não conseguimos passar aos quartos-de-final, pelo que ficou no ar a sensação de que faltou algo, mas temos consciência de que fizemos tudo o que podíamos. Penso, também, que oferecemos muitas alegrias aos nossos adeptos, acima de tudo nos jogos frente à Grécia e mesmo ante a Rússia, nos quais jogámos bem e marcámos bonitos golos. Foi algo de muito especial, tanto para os jogadores como para os adeptos. Deu-nos muito enquanto nação."