Jornais europeus elogiam Espanha
segunda-feira, 2 de julho de 2012
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Adjectivos elogiosos inundam os jornais europeus, depois de a Espanha ter feito história ao selar a conquista do UEFA EURO 2012. O UEFA.com mostra-lhe a admiração e o reconhecimento da imprensa europeia.
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Respeito, admiração e reconhecimento são a nota dominante dos jornais europeus desta segunda-feira, unidos em elogios ao histórico triunfo da Espanha no UEFA EURO 2012. O UEFA.com traz-lhe as reacções da imprensa, um pouco por todo o Velho Continente.
Tiki-tástico! Ninguém na história dos EUROs havia alguma vez alcançado uma vitória tão categórica numa final como a que a Espanha somou sobre a Itália na final do EURO 2012. Fernando Torres é o primeiro jogador a marcar em duas finais consecutivas de Campeonatos da Europa e [Vicente] Del Bosque conta agora no seu currículo de treinador com um Campeonato do Mundo, um EURO e uma UEFA Champions League.
24sata, Croácia
Os espanhóis fizeram história e, depois de uma convincente vitória na final do EURO, alcançaram o "hat-trick" dourado. Os espanhóis confirmaram-se como actuais reis do futebol e afirmaram uma vez mais o seu domínio ao baterem a Itália por 4-0. Xavi [Hernández] e companhia são, simplesmente, os melhores.
Sport, República Checa
A Espanha libertou-se e nós tivemos oportunidade de a ver exibir-se a grande altura numa final do EURO que entra para a história, na qual os italianos contribuíram para o espectáculo, ao enfrentarem os espanhóis bem subidos no terreno.
Ekstra Bladet, Dinamarca
Esta vai para sempre ficar conhecida como a era de Espanha, uma selecção sem rival. Foram precisos 44 anos para os espanhóis voltarem a erguer um grande troféu. Agora, em quatro anos, conquistaram mais dois. Nenhuma outra selecção havia revalidado a conquista deste troféu e, ainda assim, várias vezes pareceu que ganhar esta prova - e ganhá-la bem - era, para Espanha, pouco mais do que o cumprir de uma obrigação. E os espanhóis cumpriram essa obrigação de forma brilhante.
The Guardian, Inglaterra
O futebol são 11 contra 11 e, no fim, ganham os espanhóis. Ao bater a Itália por 4-0 numa final que controlou na perfeição, a selecção "roja" fez história, tornando-se na primeira equipa a defender com êxito a conquista de um Campeonato da Europa e a primeira a completar a série de três troféus EURO-Mundial-EURO que a República Federal Alemã não conseguiu alcançar em 1976. Embora apontada desde o início do torneio como uma equipa menor do que uma grande conquistadora, a formação comandada por Vicente del Bosque fez questão de entrar para a história em grande estilo.
L'Équipe, França
Espanha continua a ditar o andamento do futebol mundial. A vitória por 4-0 sobre a Itália foi uma lição de futebol de classe, de espírito de luta e de coesão colectiva. Nesta final, a Espanha mostrou na perfeição o que é a sua ideia de futebol: um futebol de ataque, sem nunca negligenciar a defesa. os espanhóis não sofreram qualquer golo nos dez jogos a eliminar que disputaram desde o EURO 2008. Foram precisos 44 anos para que Espanha se voltasse a tornar rainha do futebol europeu, mas agora não parece ir abandonar o trono tão cedo.
Frankfurter Allgemeine Zeitung, Alemanha
A invencível Espanha, com uma exibição de cortar a respiração que deixou bem patente a omnipotência do seu futebol, despachou a Itália com 4-0. A poderosa "furia roja" conquistou o seu terceiro grande troféu consecutivo, feito sem precedentes na história do futebol.
Fos ton Spor, Grécia
Assim, dói. Ao intervalo já o jogo estava decidido. Com a Itália reduzida a dez elementos a partir dos 61 minutos, a Espanha dominou por completo e entrou para a história ao conquistar o seu terceiro grande troféu consecutivo.
Gazzetta dello Sport, Itália
Não chores, Itália. A "squadra azzurra" estava cansada, viu-se obrigada a jogar com dez elementos durante meia-hora e regressa a casa com uma derrota por 4-0 que não pode fazer esquecer o entusiasmante torneio que realizou. As lesões de [Giorgio] Chiellini e Thiago Motta foram decisivas.
Tuttosport, Itália
Na final, a Espanha, a jogar sem nenhum avançado de raiz, desforrou-se de todos os que a criticaram ao tornar-se bicampeã da Europa com uma grande exibição de ataque. Guardou o maior espectáculo para a final. A Itália havia sido a equipa mais agradável de ver jogar ao longo do torneio, com [Andrea] Pirlo como maestro. Espanha e Itália mostraram que o futebol de ataque compensa. Esperemos que este padrão continue dentro de dois anos, no Campeonato do Mundo de 2014, no Brasil.
De Telegraaf, Holanda
Os reis do futebol actual provaram que estão em perfeita forma e que não querem abdicar do seu trono. Depois da vitória por 4-0 sobre a Itália, não faz sentido discutir se o EURO na Polónia e Ucrânia foi bom ou não. Foi, simplesmente, um torneio em que a melhor selecção nacional de futebol de todos os tempos cumpriu a sua missão. O mundo esperava por uma equipa assim há quase centena e meia de anos.
Przegląd Sportowy, Polónia
Histórico! Inolvidável! Uma lenda! A Espanha, irresistível, sagrou-se, este domingo, em Kiev, bicampeã europeia. Nunca antes uma selecção o conseguira, nunca antes uma selecção conquistara três títulos consecutivamente. "la roja" conseguiu-o. Em 2008, em 2010, em 2012. A grande vitória sobre a Itália coroa de forma exemplar os feitos desta geração de ouro do futebol espanhol. Resultado exagerado? Nada disso, um resultado inteiramente justo.
A Bola, Portugal
Poucas "escolas" de futebol – talvez a Hungria de [Ferenc] Puskás, na década de 1950, ou o Brasil de Pelé, na década de 1970 – mostraram tamanho domínio como demonstra actualmente a escola espanhola. Mas se essas outras históricas selecções se orientavam à volta de um Puskás ou de um Pelé, esta selecção espanhola, nas palavras do treinador derrotado, [Cesare] Prandelli, é uma equipa que não precisa de uma figura central no ataque. A sua verdadeira força ofensiva reside num colectivo que "ataca os espaços vazios" como poucos conseguem, destaca Prandelli. E tem toda a razão.
Irish Times, República da Irlanda
O jogo da jornada inaugural do Grupo C do EURO 2012 entre Itália e Espanha havia sido um dos melhores da prova em termos de qualidade, e talvez por isso a Espanha não tenha facilitado um empate 2-2 com a Croácia que ditaria a eliminação dos italianos - porque não havia muitas outras selecções que fossem dignas de partilhar com ela o palco da final. A Itália deve dar-se por contente por Sergio Ramos não ter conseguido marcar de calcanhar já no período de descontos, num lance que teria terminado o encontro com um grande ponto de exclamação.
Sports Daily, Rússia
Esta foi muito mais do que uma simples vitória por uma margem dilatada; foi um brinde ao bom futebol. [David] Silva, [Jordi] Alba, [Fernando] Torres e [Juan] Mata marcaram os golos que derrotaram uma selecção de Itália incapaz de encontrar soluções diante de um grupo de mosqueteiros a jogar sob as ordens de um muito inteligente e experiente treinador, Vicente del Bosque.
El País, Espanha
Esfreguem os olhos ao acordarem esta manhã, mas tenham cuidado para não limparem a memória do que aconteceu. A Espanha alcançou o que ninguém antes havia alcançado e fê-lo de uma forma que ninguém imaginaria: sem qualquer sofrimento. Foi apenas mais uma acrobacia realizada por esta equipa extraordinária. Estes jogadores levaram-nos nos seus braços para o paraíso.
AS, Espanha
Imediatamente após a final, o relvado foi invadido por adoráveis crianças, filhos e filhas dos campeões, que correram para abraçar os seus pais. Numa das grandes áreas, a pequena filha de Fernando Torres, Nora, passeava tranquilamente, agarrada a uma boneca. Enfim, o trabalho do papá estava feito. Quando Iker Casillas ergueu, depois, o troféu, debaixo de uma chuva de confetis, este parecia não pesar nada. Mas esperem uns anos. Esperem dez anos. Vinte. Quanto mais o tempo passar, mais pesado aquele troféu irá parecer. Demorará algum tempo até que percebamos realmente a verdadeira dimensão do feito agora alcançado pela selecção espanhola.
Expressen, Suécia
Quem assistiu ao golpe italiano sobre a Alemanha, em Varsóvia, quinta-feira, assistiu este domingo, aos espanhóis a tourearem por completo a Itália. A "furia roja" controlou por completo todo o jogo e manteve sempre os adversários presos com rédea curta, com os jogadores da "squadra azzurra", depois de intensas batalhas com ingleses e alemães, a caírem pelo relvado de Kiev.
Sport-Express, Ucrânia