Inglaterra parte com orgulho e sem derrotas
segunda-feira, 25 de junho de 2012
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De partida da Polónia, Roy Hodgson admitiu que os seus "sonhos foram desfeitos”, mas tanto ele como Steven Gerrard acreditam que a Inglaterra deixou boa imagem no UEFA EURO 2012.
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No início da viagem de regresso a casa, o seleccionador Roy Hodgson admitiu que os seus "sonhos foram desfeitos”, mas tanto ele como Steven Gerrard acreditam que a Inglaterra deixou boa imagem no UEFA EURO 2012.
Com o capitão Steven Gerrard ao lado, o técnico de 64 fez uma análise detalhada do desempenho inglês no torneio e defendeu que estão lançadas as bases para futuro promissor a nível internacional.
“Fazer o torneio sem o [Wayne] Rooney e sem perder qualquer jogo no tempo regulamentar não é mau”, disse Hodgson, antes do voo da sua equipa para Londres, esta tarde. “Queríamos tanto [a meia-final] e, quando os nossos sonhos são desfeitos, não podemos ser demasiados positivos, mas acho que, quando fizermos a retrospectiva do nosso desempenho no torneio, veremos que estivemos bem.”
Hodgson diz que a Inglaterra “tentou um futebol positivo” e desvalorizou as críticas sobre a pouca posse de bola. “As estatísticas que me interessam são aquelas que mostram quanta posse de bola tivemos no terço ofensivo do campo e as que dizem quantas vezes o adversário ganhou as costas da nossa defesa.”
Por sua vez, Gerrard reconheceu que o futebol dos ingleses “não tem sido fantástico”, mas sente que a Inglaterra deu boa conta de si no torneio da Polónia e da Ucrânia. “Creio que os nossos adeptos estarão satisfeitos connosco”, disse o médio do Liverpool FC. “Esforçámo-nos muito e as pessoas mostraram-se orgulhosas. Se pensarmos no que evoluímos desde que nos encontrámos, há quatro ou cinco semanas, [vê-se que] toda a gente deu o seu máximo.”
O jogador, de 32 anos, que revelou que continuará a envergar a braçadeira de capitão após uma conversa com Hodgson, disse estar “razoavelmente satisfeito” com as suas exibições na prova, mas admitiu que isso não serve de consolo contra mais uma eliminação inglesa nos penalties: “É uma frustração e uma desilusão, porque estivemos perto de acabar com a má sorte nos quartos-de-final.”
Hodgson deu a entender que o registo modesto dos ingleses nos penalties está a tornar-se traumático para as próximas gerações de jogadores, mas acrescenta que, por mais que os seus jogadores treinassem, não teriam podido alterar o rumo das coisas.
“Como é que alguém pode preparar-se para situações como aquelas?”, questionou. “Treinámos, falámos sobre isso, fizemos tudo o que era possível fazer, do ponto de vista profissional, mas nada disso muda o facto de o [Andrea] Pirlo ter a infernal dose de autoconfiança que lhe permite marcar um penalty ‘à Panenka’. Os nossos jogadores tentaram, desesperadamente, marcar os penalties que treinámos e, infelizmente, não saíram.”
Hodgson considera as cinco semanas que passou com a equipa “impagáveis”, no que toca a conhecer os seus jogadores e classificou os mais experientes da equipa, como Gerrard ou John Terry, como “uma ajuda muito grande” no balneário. Rooney também “passou muito tempo a falar com os jogadores mais novos da equipa”, tudo razões que levam Hodgson a acreditar num futuro radioso para esta selecção.
“Creio que há jogadores jovens muito bons a chegar à selecção, com bons desempenhos nos Sub-21”, comentou. “Será interessante ver como nos saímos nos Jogos Olímpicos. Há jogadores jovens a chegar às várias equipas, tivemos aqui alguns e, se não fosse pelas lesões, teríamos tido mais, por isso temos de acreditar e ser optimistas.”