As memórias de Petit e o futuro da França

O antigo esteio da selecção francesa, Emmanuel Petit, está confiante em como os "Bleus" terão um futuro brilhante sob as ordens de Laurent Blanc.

Blanc conduziu a França até ao primeiro lugar do Grupo D de apuramento para o UEFA EURO 2012, antes do retomar da campanha na sexta-feira, na Albânia. A chegada de Blanc ao comando técnico da selecção marcou uma mudança nos resultados da equipa, que decepcionou nas fases finais do UEFA EURO 2008 e Mundial 2010, que foram em claro contraste com os brilhantes resultados de que Petit desfrutou enquanto jogador internacional francês. No entanto, para o antigo jogador do AS Monaco FC, Arsenal FC e FC Barcelona há uma luz ao fundo do túnel.

"Porque é que o Laurent foi escolhido? Porque ele representa os campeões do Mundo", disse Petit. "Já passaram 13 anos desde que nos sagrámos campeões mundiais e não há um dia em que não me lembre dos títulos mundial e europeu. Está sempre nas mentes das pessoas. Permanentemente. É por isso que ele foi escolhido. E também porque é um treinador jovem".

"O Laurent representa as esperanças de muitos amantes do futebol", acrescentou. "Estou feliz por o Laurent estar à frente da selecção francesa. Acredito que o Laurent é o homem certo, porque tem os valores correctos e é inteligente, pelo que temos de dar-lhe algum tempo. Creio que seria prematuro pensar na conquista do EURO no próximo ano como um objectivo. Em 2012, creio que ainda será muito cedo, mas quem sabe, talvez possamos causar uma surpresa, porque, desde que Laurent Blanc assumiu o comando da selecção, vemos que, quando defrontamos equipas como o Brasil ou a Inglaterra, a selecção francesa está lá".

Os elogios de Petit a Blanc já eram esperados, dados os anos de glória que partilharam juntos  enquanto colegas de selecção. Ambos foram campeões do Mundo, no seu próprio país, em 1998 – apesar de Blanc ter falhado a presença na final, devido a suspensão – e também foram companheiros na selecção que, dois anos depois, venceu o Campeonato da Europa de Futebol.

"A Itália marcou o primeiro golo e, à medida que nos aproximávamos do final, pensávamos que já estava tudo acabado", recorda Petit sobre a final de 2000 em Roterdão. "Eu pensava: 'OK. Perder numa final não é uma desgraça. Fomos campeões do Mundo há dois anos e agora finalistas no EURO'. Mas os três jogadores que vieram do banco [os autores dos golos, Sylvain Wiltord e David Trézéguet] viraram o jogo. É essa a beleza dos desportos. Trazem tais emoções. São instantâneas. Não há segundos 'takes'. Não é como os filmes. É cru. Sentimos logo o impacto. É fantástico!"