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Bento enaltece segunda parte dominadora

Paulo Bento destacou a segunda parte de "grande qualidade" de Portugal frente à República Checa na vitória de 1-0 nos quartos-de-finais, enquanto Michal Bílek olha para o futuro.

Bento enaltece segunda parte dominadora
Bento enaltece segunda parte dominadora ©UEFA.com

O seleccionador de Portugal, Paulo Bento, destacou a segunda parte de "grande qualidade" realizada pela sua equipa, enquanto Michal Bílek, homólgo da República Checa, elogiou os seus jogadores e olha para o futuro.

Michal Bílek, seleccionador da República Checa
Imediatamente após o jogo estávamos desapontados porque perdemos e queríamos que o sonho de chegar às meias-finais se tornasse realidade. Jogámos contra um adversário muito forte e que criou muitas oportunidades. Reforçámos a nossa defesa porque sabíamos que eles iam atacar. Na primeira parte conseguimos, mas na segunda perdemos energia e eles conseguiram fazer o 1-0.

Se há dois anos e meio me dissessem que iríamos aos quartos-de-final, depois do que aconteceu na qualificação, não acreditava. Estou satisfeito, porque criámos uma boa equipa, com boas relações entre os jogadores. Depois do primeiro jogo foi miuto difícil, mas mostrámos o nosso carácter e a nossa força.

[Vladimír Darida] Começou porque queríamos defender mais e ele remata bem de longa distância. O facto de apenas ter jogado duas vezes na selecção não quis dizer nada. Infelizmente não tivemos a posse de bola como queríamos e depois foi quase esperar que o adversário marcasse. Hoje defrontámos um adversário muito melhor do que nós. Têm jogadores que actuam em grandes clubes, como Ronaldo e Nani. Não penso que isto seja o mais alto que possamos atingir. Esta equipa é boa. Temos novos jogadores e toda a gente tem a porta aberta. Conto com todos.

Não sei se [o golo] foi culpa do [Theodor] Gebre Selassie, mas o Ronaldo sabe jogar de cabeça e com os dois pés, e decidiu o jogo. Não iria mudar a táctica. Se nos expuséssemos mais iriam punir-nos. Todas as equipas que defrontaram Portugal viram isso. Se voltássemos a defrontar Portugal iríamos jogar da mesma forma, mais defensivamente.

Não é necessário falar do Tomáš [Rosický], sentimos sempre a sua falta quando não joga, mas toda a equipa mostrou grande carácter. Estou orgulhoso. Tenho de agradecer aos adeptos checos. Criaram um ambiente muito bom para nós e acho que estão satisfeitos porque chegámos aos quartos-de-final.

Paulo Bento, seleccionador de Portugal
Os jogadores têm tarefas a cumprir dentro de uma dinâmica colectiva. O Cristiano Ronaldo hoje jogou com capacidade para jogar em zonas exteriores e mais perto da finalização, mas não devemos reduzir o jogo à análise de um jogador e a 70 minutos. Tivemos uma grande capacidade para dominar o adversário e reagir à perda de bola. Foi uma vitória justa que me parece que podia ter sido por uma diferença um pouco maior. Estivemos concentrados e estamos com toda a justiça nas meias-finais. Não houve uma oportunidade do adversário.

Não entrámos bem no jogo, essencialmente em termos ofensivos. Não fomos muito seguros, não tivemos nesse período de 25 minutos muita qualidade no jogo. Depois começámos a ganhar segurança, a circular a bola com maior velocidade e fizemos 45 minutos de grande qualidade. Fomos dominadores.

Para se concretizar nem sempre são precisas muitas oportunidades. O bom destes jogos é que construímos muitas. A República Checa jogou com um bloco mais baixo, não nos pressionou logo à saída da nossa área. Ao intervalo transmiti apenas correcções de duas ou três situações ofensivas, porque defensivamente estávamos bem, que era possível repetir aqueles últimos 20/25 minutos com mais qualidade de intensidade. Mentalmente estávamos bem e a verdade é e verdade é que demos uma boa resposta na segunda parte.

A estratégia da República Checa não nos surpreendeu. Iria defender com o bloco mais baixo, praticamente à saída do seu meio-campo e depois a tentar sair rápido para o contra-ataque. Mas nós conseguimos dominar, muito pela capacidade que tivemos para não deixar sair o adversário, que é forte e com qualidade.

Não temos preferências. Numas meias-finais de uma competição como esta estão grandes equipas, com jogadores de qualidade, muito organizadas. Temos um prazer enorme em disputar esta meia-final porque nos deu trabalho chegar até aqui. E agora temos um prazo maior para s preparar. Já jogámos em duas cidades da Ucrânia e queremos tentar jogar nas quatro, ir até Kiev, não faz sentido não ter outro objectivo que não seja esse, ganhar à França ou à Espanha e ir até à final.

Quero deixar uma palavra também para os outros jogadores que não actuaram, particularmente para um. Entrou a frio no jogo e revelou uma entrega e atitude extraordinárias, a dizer que podemos contar com ele - Hugo Almeida.