Streetkick promove união entre adeptos

O futebol tem um papel crucial como força unificadora, e o programa Streetkick no UEFA EURO 2012 é o exemplo perfeito de como as pessoas se podem juntar para praticar o belo jogo. A lenda holandesa Ruud Gullit – herói para muitos adeptos espalhados pelo Mundo – observou em primeira mão o apelo do Streetkick, quando o programa teve início na fan zone de Varsóvia.

Streetkick é um dos eventos-chave do projecto Respeita a Diversidade, organizado pela UEFA e o seu parceiro na luta contra o racismo, a FARE. É uma actividade única na qual adeptos de diferentes países podem participar. No lançamento, o Streetkick mostrou imediatamente que é um verdadeiro festival de futebol, onde adeptos locais vão poder mostrar as suas capacidades futebolísticas juntamente com adeptos de outras nações.

Streetkick é um mini-campo de futebol móvel e insuflável, que pode ser colocado num atrelado relativamente pequeno e transportado de um lado para o outro. Este revolucionário jogo de futebol móvel pretende levar o futebol até às massas.

"O Streetkick começou há cerca de dez anos", explicou Simon Hyacinth, coordenador da organização O Futebol Une. "Durante o UEFA EURO 2004, em Portugal, tentámos juntar os adeptos num grande torneio pela primeira vez. Encorajámo-los a interagir, a fazerem novos amigos e a divertirem-se juntos. Funcionou bastante bem, por isso desde então já estivemos no Campeonato do Mundo de 2006 e no UEFA EURO 2008, na Áustria e na Suíça, e agora estamos a fazê-lo novamente, aqui. Inspiramos os adeptos a jogarem juntos, a passarem o tempo livre de forma positiva e, finalmente, mostramos aspectos positivos da diversidade."

Não há espaço para o racismo e a intolerância no futebol, e nesse sentido a UEFA e a FARE trabalham juntas há dez anos para transmitir esta mensagem-chave. "Já estive na Polónia várias vezes e fiquei com impressões muito positivas", disse Gullit, embaixador Respeita a Diversidade. "Sei que a Polónia tem feito muito para erradicar comportamentos racistas dos estádios. Por isso, apelo directamente aos adeptos: divirtam-se e deixem que o futebol seja o único vencedor."

"O futebol é um grande jogo e uma arma poderosa, capaz de unir pessoas de diferentes raças – precisamos de o utilizar de forma positiva", acrescentou Paul Elliott, antigo defesa do Chelsea FC, igualmente presente.

O futebol polaco fez-se representar por uma das suas lendas, o antigo avançado Dariusz Dziekanowski, que se mostrou agradado com a presença de um velho amigo e rival. "Ruud Gullit é reconhecido em todo o Mundo e é bom que esteja envolvido em projectos como o Streetkick. Graças a pessoas como ele existe uma oportunidade de os estádios se assemelharem a um grande teatro, para que todos possamos ver futebol como um espectáculo de forma positiva. Não queremos adeptos a insultarem outros por a sua cor da pele ou religião serem diferente."

"Tem sido um início muito bom para a nossa campanha Streetkick. É importante para nós termos o apoio de antigos jogadores famosos", disse Hyacinth. "Encorajamos as pessoas de diferentes países a jogarem com, e não contra, outros. Por isso estamos a misturar as equipas, e os adeptos polacos podem jogar com adeptos de outro país na mesma equipa. Ajuda a criar uma relação positiva entre pessoas de diferentes partes da Europa."

"Devemos falar tanto quanto possível sobre a luta contra o racismo, porque a má conduta é causada por causa da ignorância", disse Dziekanowski. "O futebol é para todos. O futebol une as pessoas em vez de as dividir".