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Prandelli acredita que pode bater a Alemanha

O seleccionador italiano diz sentir que a confiança entre os seus jogadores está a crescer e que isso será fundamental para bater uma poderosa selecção alemã que, contudo, "não é invencível".

Prandelli acredita que pode bater a Alemanha
Prandelli acredita que pode bater a Alemanha ©Getty Images

Cesare Prandelli acredita que a sua Itália vai partir confiante para o embate das meias-finais do UEFA EURO 2012, frente a uma Alemanha que o seleccionador italiano garante não ser invencível. "Não há equipas imbatíveis", frisou esta segunda-feira, em conferência de imprensa, em Cracóvia.

Prandelli recebeu uma ovação de pé por parte dos elementos da imprensa presentes na "Casa Azzurri" esta segunda-feira à tarde, com os jornalistas a responderem de forma positiva à angustiante mas saborosa vitória da véspera da Itália sobre a Inglaterra, em Kiev, no desempate por pontapés da marca de grande penalidade. Ainda assim, não tardou a que o seleccionador italiano fosse bombardeado com perguntas sobre a falta de eficácia da sua equipa, incapaz de marcar golos durante os 120 minutos do encontro dos quartos-de-final.

A Itália efectuou um total de 35 remates, contra apenas nove da Inglaterra e, apesar de ter controlado praticamente todo o jogo, acabou por ver a selecção de Roy Hodgson, apostada numa abordagem mais defensiva, conseguir levar a decisão da partida para o desempate por penalties. Então por que é que foi preciso esperar tanto pela vitória? "Porque é isso que torna o futebol tão fascinante", respondeu Prandelli. "Uma equipa que faz tantos remates à baliza vai ganhar nove em cada dez encontros, mas há um que não consegue ganhar".

"Há muitas formas de vencer", prosseguiu. "Mas penso que estamos obrigados a seguir este caminho porque o futebol está em constante evolução e, neste momento, a diferença é feita pelas equipas que têm coragem de avançar a sua linha defensiva e de assumir o controlo do jogo ao longo dos 90 minutos de jogo".

A "Squadra Azzurra", alguns dirão, dominou durante os 120 minutos de jogo, e Prandelli não poupou elogios à actuação dos seus avançados, em particular Mario Balotelli, apesar de este não ter sido capaz de encontrar o fundo das redes. "O Mario esteve muito bem como homem mais avançado. Teve cinco ou seis ocasiões em que podia ter concretizado, mas o facto de ter tido essas oportunidades de golo nessa posição deixa-me satisfeito e significa que fez um bom jogo".

Balotelli, segundo Prandelli, é um dos muitos jogadores que começam a perceber o quanto são bons. Assim, a sua confiança vai crescendo ao longo do torneio, um factor que poderá fazer a diferença quinta-feira, frente à Alemanha.

"Esta é a primeira vez que estes jogadores começam a perceber as extraordinárias capacidades de que dispõem", acrescentou. "Quando se começa a acreditar e se percebe o que isso significa, então não se tem nada a temer, e quando não se teme nada joga-se ainda melhor".

"Temos uma equipa de jogadores que estão a crescer e a perceber o que valem jogo após jogo, desejosos de compararem o seu valor com o das melhores equipas. O elemento mais importante que trazemos do encontro com a Inglaterra é termos mostrado coragem para nos mantermos fiéis ao nosso jogo e para jogarmos da forma indicada até ao fim".

Antes de entrar em considerações tácticas sobre como travar os vencedores do Grupo B, Prandelli mostrou-se, primeiro que tudo, preocupado com a recuperação física dos seus jogadores, que voltam a entrar em acção já dentro de três dias. Existem dúvidas quanto ao médio Daniele De Rossi (ciática) e o lateral-direito Ignazio Abate (músculo), enquanto o outro lateral-direito italiano, Christian Maggio, vai cumprir castigo. A boa notícia é que o defesa-central Giorgio Chiellini regressou esta segunda-feira aos treinos. Depois, sim, há que pensar como levar a melhor sobre uma equipa que leva neste torneio o dobro dos golos da Itália.

"Estamos um pouco limitados, porque temos apenas alguns dias de recuperação. Precisamos de voltar a colocar a equipa apta fisicamente, porque os nossos jogadores terão de lutar muito frente à Alemanha. Mas, se jogarmos bem, temos hipóteses. Não existem equipas imbatíveis. A Espanha e a Alemanha são, realmente, duas grandes equipas, mas nós precisamos apenas de nos manter fiéis ao nosso plano de jogo, que iremos preparar meticulosamente".

"A Alemanha dá a ideia de saber sempre o que está a fazer em campo. Tem em Mezut Özil um jogador com maior liberdade, sem um papel bem definido, e que é capaz de construir jogadas de ataque a partir de qualquer posição do terreno. Para além disso, é uma equipa muito forte fisicamente e que conta com jogadores que já experimentaram o sucesso a nível continental ao serviço dos seus clubes, pelo que se trata de uma equipa com todos os ingredientes necessários para ser campeã. Mas vamos estudá-la com cuidado e trabalhar para explorar os poucos pontos fortes que ela apresenta".