O UEFA.com funciona melhor noutros browsers
Para a melhor experiência possível recomendamos a utilização do Chrome, Firefox ou Microsoft Edge.

Sem margem para errar

Tanto Guus Hiddink como Otto Rehhagel sabem da importância do jogo entre a Rússia e a Grécia, após as derrotas na primeira jornada do Grupo D.

O seleccionador da Grécia, Otto Rehhagel, está ciente da importância do jogo com a Rússia
O seleccionador da Grécia, Otto Rehhagel, está ciente da importância do jogo com a Rússia ©Getty Images

O seleccionador da Rússia, Guus Hiddink, qualificou o jogo como uma “batalha de ‘outsiders’”, enquanto o homólogo da Grécia, Otto Rehhagel, admitiu que os últimos dias têm sido difíceis, numa altura em que ambas as equipas pretendem recuperar das derrotas sofridas na primeira jornada do Grupo D.

“Aprender depressa”
A Rússia perdeu por 4-1 com a Espanha em Innsbruck, enquanto a campeã em título, Grécia, foi derrotada, por 2-0, pela Suécia, no Stadion Salzburg Wals-Siezenheim, onde ambas as equipas contam relançar as respectivas campanhas no sábado. Hiddink disse, na conferência de imprensa, que a sua “jovem equipa” precisa de “aprender depressa” e indicou que irá promover algumas alterações frente à Grécia, apesar de não serem assim tantas. “É como uma final e estou curioso por ver como os nossos jogadores lidarão com isso, não apenas tacticamente, mas também mental e emocionalmente”, indicou Hiddink. “Muitas equipas têm a experiência de jogar em fases finais e na [UEFA] Champions League. Cabe aos nossos jogadores saber como vão da lidar com a pressão de uma fase final”.

Pavlyuchenko em dúvida
O ponta-de-lança Roman Pavlyuchenko, autor do único golo da Rússia frente à Espanha, está em dúvida devido a dores causadas por um estiramento nos adutores, facto que causa alguns problemas ao seleccionador para formar o ataque. O dianteiro do FC Spartak Moskva apenas conseguiu fazer corrida ligeira desde o jogo com a Espanha, mas Hiddink diz que os restantes jogadores estão disponíveis e, caso Pavlyuchenko não possa jogar, considera que Dmitri Sychev e Roman Adamov são opções válidas. O holandês admitiu que a ausência do ainda suspenso Andrei Arshavin será “fortemente sentida”. “Mas não usarei isso como desculpa”, acrescentou.

Encarar os factos
Hiddink disse ainda: “Sejamos honestos e encaremos os factos: somos dois ‘outsiders’. Aquele que tiver mais sorte ou melhor equipa terá a oportunidade de lutar pelo apuramento na última jornada”. Já o seleccionador dos gregos, Rehhagel, indicou: “Os russos têm uma equipa muito jovem e, quando encarrilam, é difícil pará-los. É por isso que temos de causar-lhes problemas”. O técnico de 69 anos respondeu a uma série de perguntas sobre as tácticas da Grécia frente à Suécia, mas negou ter escalado a equipa para praticar um futebol negativo, tendo acrescentado: “Não somos equipa que marque golos atrás de golos”.

Liberdade de escolha
“Estamos num país livre e numa democracia livre, pelo que as pessoas podem dizer o que quiserem”, continuou Rehhagel. “Respeitamos isso, porque somos da Grécia, a pátria da democracia. É verdade que os últimos dias foram difíceis, mas recuperámos e estamos prontos para abordar o jogo de forma positiva. Disse a todos os meus jogadores que um erro poderá fazer a diferença entre a vitória e a derrota. Cometemos um erro enorme, após uma hora [frente à Suécia] e foi por isso que não vencemos”. O técnico de origem alemã talvez não possa contar com Giourkas Seitaridis (o ex-lateral do FC Porto está a contas com uma lesão numa virilha), ao passo que o companheiro de defesa Paraskevas Antzas falhou duas sessões de treino desde a derrota com a Suécia devido a uma distensão muscular. O segundo guarda-redes da Grécia, Kostas Chalkias, lesionou-se numa mão durante um treino e poderá falhar o resto da fase de grupos.