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Rehhagel realista

Na hora do afastamento da Grécia, fruto da derrota ante a Rússia, Otto Rehhagel lembrou 2004 e disse que os milagres raramente voltam a acontecer.

Otto Rehhagel não esconde a decepção
Otto Rehhagel não esconde a decepção ©Getty Images

Guus Hiddink elogiou a reacção da sua equipa no Grupo D, após ter vencido a campeã europeia Grécia por 1-0, mas sentiu que foram desperdiçadas oportunidades que poderiam ter custado os três pontos. Para Otto Rehhagel, a desilusão de ver os detentores do troféu perderem a coroa europeia foi somente amenizada pela entrega dos seus jogadores.

Otto Rehhagel, seleccionador da Grécia
Foi um jogo muito intenso. A nossa equipa jogou melhor hoje do que havia feito frente à Suécia. Infelizmente, não é nova a nossa dificuldade para fazer golos e foi por isso que começámos com um esquema defensivo em bloco, com os jogadores próximos, para que pudéssemos atacar rápido e marcar. Não somos o tipo de equipa que consiga marcar três golos num jogo. Do que mais gostei foi da paixão da minha equipa e o facto de ter lutado arduamente apesar da força dos russos. Eu próprio defrontei equipas russas por várias vezes e sei que são todos velozes, atletas notáveis. Obviamente queremos fazer melhor, mas tínhamos equipas como a Espanha ou a Grécia no nosso grupo e sei que não seguiríamos em frente com facilidade. O mais importante é ter visto dedicação dos jogadores, pois lutaram até à última. Disse-lhes que teriam de acreditar neles próprios e dar tudo. Eles fizeram tudo isso, mas perderam. Não consigo criticar ninguém. Perdemos frente a uma equipa muito boa, com grandes avançados. Outras equipas que defrontem a Rússia vão sofrer muito. Em 2004 aconteceu um milagre e isso só acontece uma vez em cada 30 anos ou algo assim. Se acontecesse sempre não se chamaria milagre, pois não? Agora temos de nos concentrar no jogo contra a Espanha. É nosso dever e nossa obrigação jogarmos o melhor que pudermos.

Guus Hiddink, seleccionador da Rússia
Estou muito orgulhoso dos meus jogadores. Tivemos alguns bons treinos, tensos, para testar a nossa capacidade de reacção [após a derrota por 4-1 com a Espanha]. Estou satisfeito com a reacção, porque este resultado foi a consequência do bom futebol, mas defensivamente também é verdade que todos cumpriram o seu papel. Houve alguns erros que nos poderiam ter causado alguns problemas. Porém, talvez esteja a ser demasiado crítico. É normal que, quando se falham golos, as coisas possam correr mal. Deveríamos ter matado o jogo com os nossos ataques rápidos e, a um nível internacional, quando se criam cinco ou seis oportunidades tem que se aproveitar. Somos os menos favoritos do grupo porque não temos tanta experiência como as outras equipas, mas também somos capazes de fazer algo. Temos problemas com o [Yuri] Zhirkov e com o [Diniyar] Bilyaletdinov e não sei se estarão aptos nos próximos dias. O [Andrei] Arshavin deve regressar e é muito bom contar sempre com grandes jogadores na equipa.