Portugal em meias-finais: Entusiasmo garantido
terça-feira, 5 de julho de 2016
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O jogo contra o País de Gales, na quarta-feira, será a quinta meia-final de Portugal em nove edições do EURO e, pela amostra das quatro anteriores, será imprópria para cardíacos.
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1984: Portugal 2-3 França, a.p. (Domergue 24 114, Platini 119; Rui Jordão 74 98)
Um dos clássicos de sempre da competição. Desde o golo inaugural de Jean-François Domergue até ao cabeceamento de Rui Jordão para o empate o jogo foi dominado pela França. Mas, daí em diante, o pêndulo em Marselha oscilou de um lado para o outro. Jordão colocou Portugal em vantagem e o cerco francês começou. Domergue fez o 2-2, preparando o palco para Michel Platini, que tinha estado na origem dos dois primeiros golos de França, marcar o seu oitavo golo na fase final e colocar os gauleses no jogo decisivo.
2000: França 2-1 Portugal, a.p. (Henry 51, Zidane 117pen; Nuno Gomes 19)
Em Bruxelas, Portugal desfez o nulo no seu primeiro remate à baliza, aos 19 minutos, mas a França esteve à altura do desafio, conseguindo marcar o golo do empate por Thierry Henry. Porém, se o cabeceamento de Abel Xavier nos descontos tivesse ultrapassado Fabien Barthez e sido só um pouco mais certeiro, teria sido Portugal, e não a França, a chegar à final. Zinédine Zidane garantiu o triunfo gaulês quase no fim do prolongamento, convertendo uma grande penalidade assinalada por mão de Abel Xavier na sequência de um remate de Sylvain Wiltord e assinando assim o golo de ouro que ditou o apuramento gaulês.
2004: Portugal 2-1 Holanda (Ronaldo 26, Maniche 58; Jorge Andrade ag 63)
Um remate estrondoso de Maniche em Lisboa fez com que Portugal se tornasse a primeira anfitriã de um EURO em duas décadas a qualificar-se para a final. Liderada por Luís Figo, inspirada por Deco e ancorada num bloco defensivo sólido que incluía Ricardo Carvalho, a "Selecção das Quinas" tinha ganho vantagem na primeira parte com um golo de cabeça de Ronaldo, então com apenas 19 anos. Mas foi por pouco que Portugal não conheceu outra sorte. Primeiro, Jorge Andrade marcou um auto-golo, e depois Roy Makaay ficou a centímetros de igualar a partida para a selecção "laranja".
2012: Portugal 0-0 Espanha, Espanha ganhou 4-2 nas grandes penalidades
Este foi um jogo em que a história poderia ter sido diferente para Portugal. A um minuto do fim do dérbi ibérico em Donetsk, Raul Meireles furou pelo meio e, desmarcado à esquerda, estava Ronaldo. O capitão português, ao contrário do que é seu hábito, rematou para as nuvens. Foi um encontro tenso que seguiu para prolongamento e grandes penalidades, momento em que João Moutinho e Bruno Alves falharam, permitindo que Cesc Fàbregas marcasse o golo da vitória dos campeões em título (que acabariam por revalidar a conquista do troféu).