Porque pode a Alemanha conquistar o título

A experiência dos grandes jogos
Esta selecção da Alemanha tem tido uma prestação absolutamente notável ao longo da última década: chegou à sua sexta meia-final consecutiva em EURO's ou Mundiais desde 2006, disputou duas finais e ganhou uma delas (a do Mundial 2014). Nenhuma outra selecção possui tanta experiência no que toca a grandes jogos e às últimas fases das grandes competições – nem mesmo a Espanha, que conquistou três títulos, mas que também teve algumas eliminações prematuras a mancharem o seu registo. Com o núcleo duro da "Nationalmannschaft" a assentar no Bayern, a Alemanha possui a experiência acumulada pelos jogadores do clube bávaro em extensas campanhas na UEFA Champions League época após época.

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Defesa intratável
Após 480 minutos de futebol disputados em França, a Alemanha ainda não sofreu qualquer golo em jogo corrido. Manuel Neuer foi apenas batido da marca de grande penalidade, pelo italiano Leonardo Bonucci. Não se trata apenas de uma impressionantemente robusta defesa a servir de fundação para essa proeza, mas também a enorme pressão exercida logo após a perda da bola, consequentemente levando à maior percentagem de posse de bola (63%) entre qualquer selecção presente nesta fase final.

Flexibilidade adicional
Ao longo dos últimos anos, Joachim Löw tentou que a sua equipa jogasse de uma forma mais variada, tendo tentado defesas com três elementos e outras formações tácticas. Isto levou a várias críticas e alguns resultados decepcionantes em jogos particulares, mas Löw e a sua equipa técnica nunca se preocuparam muito com isso. Os frutos dessas experiência estão agora à vista de todos – frente à Itália, a sua equipa mostrou poder jogar com uma defesa de três elementos num jogo importante, o que torna a Alemanha mais imprevisível para qualquer futuro adversário.

Por outro lado ...

Dúvidas causadas por lesões
Para ser sincero, durante boa parte do dia de domingo tive dificuldades em encontrar uma razão convincente para que a Alemanha não vença a sua meia-final com a França. Entretanto, vieram a lume as notícias que davam conta que Mario Gomez estará indisponível até final da prova, que Sami Khedira deverá falhar o duelo de quinta-feira, em Marselha, e que Bastian Schweinsteiger continua a ser uma enorme dúvida. Sei que o lote de 23 jogadores tem muitas opções, mas as perdas anteriores à fase final de İlkay Gündoğan, Marco Reus e Antonio Rüdiger devido a lesão, assim como a suspensão de Mats Hummels, poderão constituir algo demasiado forte para proverbial a robustez germânica.