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Fuchs: Tudo pode acontecer, lembrem-se do Leicester

Christian Fuchs, lateral da Áustria, diz que a experiência de ter ganho a Premier League sugere que, apesar de não ser favorita, a sua selecção tem hipóteses de surpreender Portugal.

Fuchs: Tudo pode acontecer, lembrem-se do Leicester
Fuchs: Tudo pode acontecer, lembrem-se do Leicester ©Getty Images

Christian Fuchs sabe muita coisa sobre não ter o favoritismo do seu lado. Poderá até dizer-se que gosta desse desafio, sendo exactamente isso que ele e o resto da equipa da Áustria enfrentarão quando jogarem contra Portugal, em Paris, este sábado à noite.

Fuchs já passou por isto. Há duas épocas, ao serviço do Schalke, o defesa quase concluiu uma histórica reviravolta numa eliminatória com o campeão europeu Real Madrid, no Santiago Bernabéu.

Depois, num momento ainda mais memorável, o esquerdino desempenhou um papel crucual numa das principis surpresas no futebol, ao ajudar o Leicester City a conquistar, de forma sensacional, o primeiro título do clube na Premier League, em 2015/16.

"No Leicester, provámos que se pode ganhar a grandes equipas e desestabilizá-las", disse Fuchs, ao EURO2016.com, na antevisão do próximo jogo dos austríacos no Grupo F. "Deixem-me recordá-los que ganhámos por 3-1 ao Manchester City. Tudo é possível e serei o último a deixar de acreditar nisso".

A derrota de terça-feira com a Hungria, por 2-0, em Bordéus, pôs a equipa de Fuchs sob pressão para a segunda jornada, sendo certo que a selecção treinada por Marcel Koller terá, no mínimo, de conquistar um ponto no duelo com Cristiano Ronaldo e companhia, para continuar com esperanças de chegar aos oitavos-de-final.

"Não tenho problemas com isso", referiu Fuchs. "É um grande desafio, porque eles têm jogadores de classe mundial e estarão à nossa espera no sábado. Não somos, claramente, os favoritos e a pressão está mais sobre Portugal, até porque eles também não estiveram muito bem contra a Islândia".

É um facto que Portugal falhou na estreia, mas a presença de Ronaldo – que não acertou com a baliza diante dos islandeses e estará determinado em corrigir essa situação no Parc des Princes – dá sempre uma vantagem à selecção lusa.

"Não vamos recorrer a tácticas medievais e jogar numa marcação homem-a-homem [para travar Ronaldo]", sublinhou Fuchs. "Não nos podemos dar a esse luxo, pelo que será importante cobrir bem os espaços na defesa, sempre que ele aparecer, para que possamos dispor de situações de dois-para-um".

Parece claro que nem a preseça de um dos mais temidos avançados do futebol mundial afecta a confiança do lateral austríaco, reforçada pela sua história recente.

"Obviamente, não ponho de lado a hipótese de conquistarmos os três pontos contra Portugal", concluiu o defesa, de 30 anos. "Por que não pensar em ganhar? Temos qualidade para isso e acredito que esta equipa pode consegui-lo".