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Gales é bem mais do que Gareth Bale

Gareth Bale é o melhor marcador do EURO 2016, com três golos em três jogos, mas o nosso repórter junto da selecção explica que o triunfo sobre a Rússia prova que a equipa não depende só dele.

O País de Gales comemora o primeiro lugar do Grupo B depois do triunfo sobre a Rússia
O País de Gales comemora o primeiro lugar do Grupo B depois do triunfo sobre a Rússia ©Getty Images

Quando se fala do País de Gales, é inevitável falar de Gareth Bale. O avançado do Real Madrid marcou três golos em outros tantos jogos no UEFA EURO 2016, pelo que seria natural supor que carrega a equipa às costas. No entanto, embora o contributo de Bale seja decisivo, foi a exibição colectiva frente à Rússia que provou que Gales não é só Bale.

Jogando numa invulgar táctica de 5-2-2-1 que foi aperfeiçoada na qualificação, os galeses parecem ter encontrado o sistema perfeito para maximizar seus talentos. Existe cobertura defensiva no meio-campo, assim como apoio e variação no ataque mas, mais importante ainda, permite que Bale e Aaron Ramsey mostrem as suas qualidades criativas.

Os críticos dizem que falta largura, mas os laterais Chris Gunter e Neil Taylor jogam subidos quando Gales tem a posse da bola e ambos mostram energia suficiente para recuar quando a equipa de Chris Coleman não a tem. Bale é a referência no ataque, Joe Allen é o motor do meio-campo, mas a maior estrela é a capacidade de trabalho da equipa.

Os jogadores tinham consciência da importância do embate com a Rússia e sabiam que estava tudo em jogo, mas corresponderam ao apelo do seleccionador e realizam uma das melhores e mais dominantes exibições na história recente do país. Bale é o "talismã", sim, mas Allen e Ramsey já ganharam neste EURO prémios de Melhor em Campo. É um adversário que incute respeito para os oitavos-de-final.