O UEFA.com funciona melhor noutros browsers
Para a melhor experiência possível recomendamos a utilização do Chrome, Firefox ou Microsoft Edge.

Itália 2-0 Espanha: Cinco razões da vitória "azzurri"

Os 2920 dias do reinado da Espanha como vencedora do EURO chegaram ao fim, mas como o conseguiu a Itália? Esforço, coesão, movimento, o factor surpresa - para não falar na doce desforra.

Gianluigi Buffon com a sua celebração que é já uma imagem de marca
Gianluigi Buffon com a sua celebração que é já uma imagem de marca ©AFP/Getty Images

A vitória da Itália por 2-0 nos oitavos-de-final sobre a Espanha pode ter constituído uma surpresa para muitos, mas quem tem acompanhado o quotidiano dos “azzurri” em França não ficou com a mesma sensação.

Ganhou com uma clara demonstração de superioridade – ainda que isso não se vislumbrasse à partida. Aqui estão as cinco formas utilizadas pela Itália para quebrar a hegemonia de 2920 dias da Espanha com o troféu do EURO, na segunda-feira à noite, em Saint-Denis.

Surpresa tactica
O factor-surpresa pode mascarar muitas insuficiências e embora o seleccionador Antonio Conte tenha declarado na véspera do jogo que não tinha planeado nenhuma aposta de risco, pôs em prática uma na segunda-feira com uma magnífica exibição de ataque de que poucos estariam à espera.  

Um por todos e todos por um
Muito se falou já do espírito de equipa da Itália no UEFA EURO 2016 e isso ficou ilustrado mais uma vez. E surgem já comparações com a equipa que triunfou no Campeonato do Mundo de 2006.

A forma como todo o banco de suplentes correu para dentro de campo para celebrar o golo aos 91 minutos de Graziano Pellè, que selou a passagem da Itália aos quartos-de-final, confirmou mais uma vez que cada membro desta equipa está a empurrar na mesma direcção. 

Correr do princípio ao fim
A Itália foi quem mais correu dentro de campo num só jogo até ao momento no EURO, percorrendo um total de 119,7 km no jogo de abertura contra a Bélgica. O seu desempenho contra a Espanha não ficou longe, com 117,8 km, mais 7,8 km que o adversário.

E isto são apenas os que estão em campo. “O nosso preparador físico propôs que eu usasse um sistema de GPS para medir quantos quilómetros corro bem como a intensidade”, disse Conte, cuja forma de estar junto a linha lateral transmite uma energia contagiante à equipa.

Movimento no ataque
Não foi apenas no meio-campo que a Itália ultrapassou o seu adversário. A capacidade de trabalho dos seus dois avançados, Graziano Pellè e Éder, foi notável. O improviso está aliado, também, ao ofício, visível no passe de calcanhar de Pellé para isolar Éder numa das suas corridas para a baliza.  

Motivação extra
A selecção italiana sentiu que tinha contas a ajustar depois da derrota por 4-0 na final há quatro anos. A sua motivação individual e colectiva e elevou a Itália para um patamar superior, acima do seu adversário.