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UEFA EURO 2012: A história até agora

Os primeiros 12 dias na Polónia e Ucrânia foram férteis em emoção e grandes momentos, como o UEFA.com recorda, num resumo da fase de grupos.

A Grécia festeja a sua vitória sobre a Rússia
A Grécia festeja a sua vitória sobre a Rússia ©Getty Images

Os primeiros 12 dias e 24 jogos da fase final do UEFA EURO 2012 trouxeram grandes golos, jogos inesquecíveis e fantásticas recuperações, agora que se passou de 16 para somente oito equipas. Até o estado do tempo tem contribuído para a emoção na prova, com contrastes entre o Sol abrasador e tempestades com trovoada. O UEFA.com faz o resumo do que de melhor aconteceu numa fase de grupos que, pela primeira vez desde que a competição foi expandida para 16 equipas, teve um golo em todos os jogos.

Alemanha - Espanha II
Desde o advento da fase de grupos, em 1980, as oito fases finais do Campeonato da Europa realizadas desde então conheceram oito finais diferentes. Mas quais serão as probabilidades de Espanha e Alemanha se encontrarem a 1 de Julho em Kiev, apenas quatro anos depois de um remate certeiro de Fernando Torres ter dado à "roja" o título? Nenhuma das equipas teve uma passagem completamente tranquila (falaremos disso mais abaixo), mesmo se a Alemanha foi a única equipa a vencer todos os encontros do seu grupo. A Espanha tem sido tão hipnotizante com a sua constante troca de passes quanto a Alemanha tem sido eficaz com o seu futebol directo.

Quem precisa de sorte? 
Benjamin Franklin disse um dia que a diligência é a mãe da boa sorte, mas a sorte no UEFA EURO 2012 pode ter tido outras origens. Quão diferente teria sido a campanha alemã caso o remate de Pepe não tivesse sido devolvido pela trave, se Robin van Persie não tivesse desperdiçado as suas primeiras ocasiões pela Holanda, se Jakob Poulsen tivesse acertado no lado certo do poste? E o que seria da Espanha? Não tivesse o cabeceamento de Ivan Rakitić sido defendido por Iker Casillas na segunda-feira, poderia ter sido a Croácia a conquistar o Grupo C. A sorte sorri a todos, mas mais cedo a uns do que a outros.

O raio grego voltará a acertar no mesmo sítio? 
Há oito anos, os "outsiders" de Otto Rehhagel chegaram à fase final com 100-1 de probabilidades de vencer a prova - foi quase necessário ver-se, primeiro, a imagem de Theodoris Zagorakis a erguer o troféu para se admitir que os helénicos teriam possibilidades de vencer. A equipa de Fernando Santos não tem sido igualmente tida em conta, mas o ênfase no espírito de equipa, compensando a falta de estrelas de primeira grandeza, é tão forte agora como era em 2004. Não há muitas equipas que tenham recuperado de uma desvantagem com menos um jogador, acabando por conseguir um ponto frente à anfitriã Polónia, logo no jogo inaugural, ao passo que a forma cirúrgica como os helénicos bateram a Rússia e lograram o apuramento pareceu, até, bastante familiar.

Gigantes adormecidos
França e Itália têm sido imitações pálidas das equipas dos seus tempos áureos, desde que se defrontaram na final do Mundial de 2006. Perante condições climatéricas mais propícias ao Frankenstein de Mary Shelley do que a um encontro de futebol, a França parece ter renascido com um impressionante triunfo, por 2-0, sobre a Ucrânia, em Donetsk, apurando-se como vencedora do Grupo D depois de ter ultrapassado a Suécia. Por sua vez, a Itália provou que nunca é tarde para se fazerem mudanças. Depois de, na jornada inaugural, ter empatado com a Espanha, mudou de um esquema de 3-5-2 para 4-1-3-2 e conquistou quatro pontos nos encontros com a Croácia e República da Irlanda.

Estradas com o pé esquerdo
A República Checa parecia ter o rumo traçado com a derrota, por 4-1, frente à Rússia, na jornada inaugural. Recompuseram-se e, oito dias e seis pontos depois, conseguiram o apuramento para os quartos-de-final com uma diferença de golos negativa, tal como acontecera em 1996, quando atingiram a final. Curiosamente, uma equipa de cada grupo foi eliminada apesar de ter vencido o seu primeiro jogo. Nos quartos-de-final, os checos defrontarão Portugal, que também mostrou impressionantes capacidades de recuperação após desaire com a Alemanha. Na outra vez em que os portugueses perderam o jogo inaugural - em 2004, frente à Grécia - também atingiram a final. Alguém terá que ceder.

Momentos memoráveis
Cristiano Ronaldo selou a qualificação de Portugal com uma exibição extraordinária frente à Holanda, o audacioso desvio de calcanhar de Danny Welbeck, terminando com a recuperação sueca, fez despertar a participação inglesa e Zlatan Ibrahimović despediu-se da prova em beleza. No entanto, os maiores aplausos foram para a Polónia e a Ucrânia, com o espectacular golo do empate de Jakub Błaszczykowski frente à Rússia a competir com o de Welbeck ou o de Zlatan Ibrahimovic à França, como, talvez, o melhor golo da fase final. E quão impressionante foi Andriy Shevchenko frente à Suécia, fazendo o tempo recuar com um par de cabeceamentos do outro Mundo, materializando a recuperação ucraniana?

O facto de esses excelentes feitos não terem chegado para que nenhuma das equipas continuasse em prova atesta bem da qualidade e da emoção desta fase final. Que ainda não acabou.

Estatísticas importantes
0 – Esta é a primeira fase de grupos de um Campeonato da Europa em que não houve empates sem golos.
1 – A Holanda ainda não havia perdido mais do que um jogo por fase de grupos em Campeonatos da Europa até que, este ano, 1 – A Holanda ainda não havia perdido mais do que um jogo por fase de grupos em Campeonatos da Europa até que, este ano, perdeu os três.
2 – Número de jogos que Wayne Rooney falhou por castigo, antes de regressar à acção com o golo que confirmou a presença da Inglaterra nos quartos-de-final.
3 – Hélder Postiga, Cristiano Ronaldo e Zlatan Ibrahimović juntaram-se a um selecto grupo de jogadores que marcaram em três Campeonatos da Europa, de que já faziam parte Jürgen Klinsmann, Vladimír Šmicer, Nuno Gomes e Thierry Henry.
6 – Minutos de que a República Checa necessitou para apontar dois golos à Grécia. Nenhuma equipa havia conseguido marcar antes dos 14 minutos num Campeonato da Europa.
15 – Segundos que o ucraniano Andriy Shevchenko teve a bola nos pés frente à Suécia - tempo mais do que suficiente para bisar, de cabeça. O alemão Mario Gomez teve a bola nos pés mais três segundos para o seu bis frente à Holanda.
17 – Número de golos de cabeça no UEFA EURO 2012, já um recorde em Campeonatos da Europa.
18
– O holandês Jetro Willems tornou-se no jogador mais novo a participar num Campeonato da Europa, ao defrontar a Dinamarca com 18 anos e 72 dias.
26 – Golos marcados na primeira parte nos jogos do UEFA EURO 2012. Já mais um do que há quatro anos.
73 –O seleccionador da Irlanda, Giovanni Trapattoni, tornou-se no técnico mais velho a dirigir uma equipa numa fase final do Campeonato da Europa, aos 73 anos e 93 dias.
810 – Passes correctos da Espanha frente à Irlanda, um novo recorde em jogos do EURO, com Xavi Hernández a contribuir com um recorde individual de 127. O adversário conseguiu 198.

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