Atlético resiste ao Leicester e apura-se para as meias-finais
terça-feira, 18 de abril de 2017
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O Atlético qualificou-se para meias-finais pela terceira vez em quatro anos, mas apenas após resistir ao forte assédio do Leicester na segunda parte.
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O Atlético apurou-se para as meias-finais da UEFA Champions League pela terceira vez nas últimas quatro edições, ao deixar o terreno do Leicester com um empate 1-1, depois de ter vencido por 1-0 na primeira mão dos quartos-de-final, na capital espanhola.
O Leicester apresentava-se perante o seu público disposto a manter perfeito o registo caseiro na prova frente a uma equipa que vencera sete dos nove encontros realizados na presente edição da competição. A principal novidade nos campeões ingleses era a titularidade de Yohan Benalouane no lugar de Robert Huth no centro da defesa, enquanto, do lado "colchonero", o habitual defesa-central José María Giménez ocupava a posição de médio mais recuado no conjunto de Diego Simeone.
O jogo começou com duas rápidas descidas do Atlético e cruzamentos atrasados das alas sem direcção, às quais respondeu o Leicester com uma emenda por cima da trave de Shinji Okazaki, após boa iniciativa de Jamie Vardy.
Mais maduro e controlador, o Atlético viria a adiantar-se no marcador aos 26 minutos, através de um notável cabeceamento de Saul Ñiguez, após milimétrico cruzamento de Filipe Luís, um desfecho que tornou praticamente impossível a recuperação do estreante campeão inglês frente à defesa menos batida da Liga espanhola.
Porém, após um remate de longa distância do mesmo Saúl defendida facilmente por Kasper Schmeichel, o Leicester iniciou a sua reacção ainda antes do intervalo, através de um remate de Ryhad Mahrez que Jan Oblak susteve com segurança.
A segunda parte trouxe um Leicester diferente para melhor, com um futebol mais directo e incisivo após as entradas de Bem Chilwell e Leonardo Ulloa, que passou a ser a referência para os cruzamentos.
Após um perigoso contra-ataque de Antoine Griezmann ao qual Yannick Ferreira-Carrasco não soube dar o melhor seguimento, o Leicester chegou mesmo à igualdade, por intermédio de Vardy, que apareceu ao poste mais distante a recargar um primeiro remate de Chilwell bloqueado por Gabi.
Seguiram-se oito minutos infernais para a defesa do Atlético Madrid. O suplente Lucas Hernández, que entretanto rendera o lesionado Juanfran, a evitou sobre a linha de golo que Ulloa marcasse e, no lance seguinte, foi a vez de Savic impedir Vardy de bisar, com Oblak já fora do lance.
Até final continuaram a chover cruzamentos sobre a área do Atlético Madrid, mas, com maior ou menor dificuldade, os defesas "colchoneros" resolveram as situações, assegurando mais um apuramento.
Jogador-chave: Saúl Ñíguez
O espanhol é reconhecido pela sua versatilidade e o seu papel no lado direito do meio-campo permite-lhe mostrar toda a sua gama de recursos. Voltou, também, a mostrar sua capacidade para aparecer nos momentos importantes, apontando o golo que viria a decidir a eliminatória, com um cabeceamento que não deu quaisquer hipóteses a Schmeichel.
Momento: Cruzamento de Filipe Luís e cabeceamento certeiro de Saúl
Ainda antes da meia-hora, Saul apontou o golo que sentenciou a eliminatória, com um cabeceamento milimétrico na resposta a um cruzamento perfeito de Filipe Luís.
Declarações
Craig Shakespeare, treinador do Leicester
"Precisámos de deixar tudo em campo esta noite. Encostámos o nosso adversário com o empenho e a determinação que demonstrámos. Não é descrédito algum ser eliminado por uma equipa deste calibre. Ganhámos alento com o golo de Vardy, mas não conseguimos mais do que isso. Todo o clube, desde os adeptos aos jogadores, passando pelos dirigentes, pode estar imensamente orgulhoso."
Diego Simeone, treinador do Atlético
"Estou muito orgulhoso da exibição da minha equipa, estou muito feliz com o apuramento e espero que consigamos ir ainda mais além na competição. Foi um prazer discutir esta eliminatória com o Leicester. Eles chegaram a assustar-nos quando vieram para cima de nós na segunda parte."