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Bernard sobre o Shakhtar, Paulo Fonseca e o duelo com a Roma

A viver talvez o seu melhor momento, Bernard, em entrevista ao UEFA.com, elogia o treinador Paulo Fonseca por isso, fala da campanha na UEFA Champions League e do duelo com a Roma.

Bernard tem sido uma das principais armas ofensivas do Shakhtar esta época
Bernard tem sido uma das principais armas ofensivas do Shakhtar esta época ©Getty Images

A viver a quinta época no Shakhtar Donetsk, o brasileiro Bernard parece estar a viver o seu melhor momento e credita o treinador português Paulo Fonseca por isso. Em entrevista ao UEFA.com, o jogador de 25 anos, falou sobre isso e do duelo com a Roma nos oitavos-de-final da UEFA Champions League.

Bernard tem sido um dos destaques europeus da formação ucraniana, pela qual foi titular em todos os jogos da fase de grupos e foi o melhor marcador dos "mineiros" com três golos.

A transferência para a Ucrânia e mudanças ao longo dos anos

Bernard festeja mais um golo marcado pelo Shakhtar
Bernard festeja mais um golo marcado pelo Shakhtar©AFP/Getty Images

A maior dificuldade que enfrentei quando aqui cheguei foi o Inverno e o tempo frio, logo eu que vinha de um país quente. Sobre o futebol propriamente dito, isso também foi outra dificuldade, pois trata-se de um estilo de jogo muito diferente. No meio disto tudo, algo que ajudou à adaptação foi o facto de na altura existirem 13 brasileiros na equipa, alguém com quem eu podia falar diariamente à medida que me habituada à nova realidade.

A nível futebolístico, e com o passar dos anos, evolui muito e em diversos aspectos, mas diria que o principal foi a nível táctico, algo que no Brasil é um pouco negligenciado, a começar logo pelos escalões de formação. Depois de aqui ter chegado, foi como se tivesse completado o meu processo de formação enquanto jogador.

O impacto de Paulo Fonseca

Veja o bis de Bernard que deu a vitória ao Shakhtar na visita ao Feyenoord

Com o Paulo Fonseca, diria que terminei o meu processo de aprendizagem futebolístico. Ajudou-me bastante e facilitou o meu processo de decisão, permitindo-me pensar e agir alguns segundos mais rápido, trabalhando igualmente a componente táctica, algo onde eu não era tão forte.

Com o passar do tempo tenho interiorizado os seus conceitos futebolísticos, e quanto mais os compreendo, mais as coisas acontecem de forma natural em campo. Dá para ver diariamente que evoluímos, e os resultados em campo são a prova disso. Mas também fora do relvado ele tem deixado a sua marca, ajudando à melhoria da estrutura que apoia a equipa e o clube.

O confronto com a Roma

Temos de estar cientes de que nestes jogos não se podem cometer erros e é preciso estar sempre concentrado. Serão dois jogos difíceis. A Roma possui um bom plantel e é um adversário difícil de defrontar e que tem estado bem no campeonato italiano. Diria mesmo que se tratam dos jogos mais importantes que vamos ter esta época.

A Roma tem quatro jogadores brasileiros, que a meu ver são bons jogadores, disso não tenho dúvidas, pois caso contrário não fariam parte de um clube importante como a Roma. Mas os brasileiros não são os únicos a merecer referência, existem outros com qualidade. Na nossa perspectiva, o melhor que temos a fazer é concentrarmo-nos na sua força colectiva e não apenas individual. Trata-se de explorar os pontos-francos da Roma enquanto equipa.

A campanha na UEFA Champions League e o que significaria vencer a prova

Bernard contra Bernardo num duelo luso-brasileiro de criativos
Bernard contra Bernardo num duelo luso-brasileiro de criativos©AFP/Getty Images

Penso que estamos a orgulhar os nossos adeptos. Fazíamos parte de um grupo bastante complicado, e muitas pessoas diziam que nem tínhamos hipóteses de alcançar a Europa League. Mas acabámos por contrariar as expectativas, num grupo com Nápoles, actual líder do campeonato italiano, e Manchester City, líder do campeonato inglês, adversários que conseguimos vencer. O calibre dos adversários que derrotámos e a forma como temos jogado, com um futebol ofensivo e atractivo, é o que tem feito esta campanha tão especial.

Vencer o torneio seria um dos momentos mais felizes da minha vida, independentemente do clube que representasse. É um dos momentos mais notáveis, felizes e emocionantes que um jogador pode viver, e isso permitiria deixar o meu nome na história da modalidade, algo que qualquer jogador ambiciona.