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Balanço da primeira volta da Liga portuguesa

Terminada a primeira volta da Liga portuguesa, analisamos a luta pelo título entre Porto, Sporting e Benfica, fazendo ainda comparações com idêntico período da época passada.

O Porto é o actual líder do campeonato
O Porto é o actual líder do campeonato ©Getty Images

Terminada a primeira volta da Liga portuguesa, analisamos a luta pelo título entre FC Porto, Sporting Clube de Portugal e SL Benfica e fazemos comparações com idêntico período da época passada. Olhamos ainda para o desempenho de SC Braga e Vitória SC, os promovidos Portimonense SC e CD Aves e uma curiosidade envolvendo Vitória FC e CD Tondela.

Até ao momento, a luta pelo primeiro lugar tem sido a três e provavelmente assim vai continuar. Contudo, nenhum dos candidatos se superiorizou, com os clássicos e o derby a terminarem empatados, ao invés perdendo pontos frente a equipas teoricamente inferiores. Vejamos como tem sido a campanha de cada um.

Porto
2016/17 (38 pontos, 2º lugar)
Casa: 8V 1E 0D 19GM 4GS
Fora: 3V 4E 1D 12GM 3GS
2017/18 (45 pontos, 1º lugar)
Casa: 8V 1E 0D 30GM 6GS
Fora: 6V 2E 0D 15GM 3GS
Num plantel cujas novidades se fizeram à base de regressos de empréstimos e promoção de jovens, o treinador Sérgio Conceição devolveu aos "dragões" a garra que o caracterizou enquanto jogador e que tanto marcou o clube num passado recente. E é precisamente nos emprestados que tem estado uma das chaves do sucesso da equipa, basta ver a quantidade de golos marcados por Vincent Aboubakar e Moussa Marega (14 cada um), que vivem a época mais proveitosa da carreira, beneficiando da mudança do 4-3-3 para o 4-4-2.

©AFP/Getty Images

De notar também o papel de Ricardo, indiscutível na defesa e um apoio precioso no ataque, relegando para o banco de suplentes Maxi Pereira, titular da época passada. Em relação aos jogadores que transitam da época anterior, nota elevada para Yacine Brahimi, principal dinamizador do ataque portista, com sete assistências e quatro golos, e o renascimento de Héctor Herrera, que comanda o meio-campo, aos quais se junta a regularidade de Alex Telles, Felipe, Iván Marcano e Danilo.

Sporting
2016/17 (34 pontos, 4º lugar)
Casa: 7V 1E 1D 19GM 6GS
Fora: 3V 3E 2D 10GM 10GS
2017/18 (43 pontos, 2º lugar)
Casa: 7V 2E 0D 20GM 4GS
Fora: 6V 2E 0D 18GM 6GS
Depois do insucesso em implementar um sistema mais ofensivo na época passada, sustentado por dois médios, Jorge Jesus regressou a um sistema com três, tal como na primeira época. A defesa foi praticamente toda reformulada, mas nem por isso perdeu solidez. Juntamente com os fiáveis e regulares Rui Patrício e Sebastián Coates, pilares da época anterior, o francês Jérémy Mathieu trouxe experiência de alto nível, Fábio Coentrão regressou à forma que o notabilizou e Cristiano Piccini tem sido uma agradável surpresa.

©AFP/Getty Images

Do meio-campo para a frente registaram-se mais contratações e todas elas acertadas. Rodrigo Battaglia trouxe dinâmica a defender e a atacar, mas o grande destaque é sem dúvida Bruno Fernandes, com o internacional Sub-21 luso a ser crucial no municiamento do ataque, contribuindo com golos e assistências. Mais à frente, Gelson Martins continua a ser o dinamizador por excelência, estando já na sua época mais goleadora, enquanto Bas Dost continua intratável, marcando golos atrás de golos.

Benfica
2016/17 (42 pontos, 1º lugar)
Casa: 6V 2E 0D 21GM 6GS
Fora: 7V 2E 1D 16GM 5GS
2017/18 (40 pontos, 3º lugar)
Casa: 7V 1E 0D 23GM 4GS
Fora: 5V 3E 1D 17GM 7GS
A época até começou bem para o campeão em título, com quatro triunfos seguidos, mas três jogos consecutivos fora sem ganhar desestabilizaram o que parecia ser uma "máquina" bem oleada. Privado de quatro elementos importantes transferidos no Verão e com poucos reforços a assumirem-se de imediato, Rui Vitória demorou algum tempo a estabilizar a equipa e inclusive mudou do habitual 4-4-2 para o 4-3-3. Comum à época passada continua a ser a influência decisiva de Jonas, melhor marcador da equipa e do campeonato.

©AFP/Getty Images

Os principais "reforços" do Benfica acabaram por ser jogadores que já faziam parte do clube, como Jardel ou André Almeida. Das novidades, o guarda-redes Bruno Varela ultrapassou um período de incerteza para garantir a titularidade, enquanto Haris Seferovic começou muito bem, com três golos nas três primeiras jornadas, mas perdeu o lugar com a mudança táctica, abrindo caminho para Filip Krovinovic, que deu novo fôlego ao meio-campo.

Os minhotos Braga e Vitória, em teoria as equipas mais fortes a seguir aos "três grandes", vivem situações distintas. Os "arsenalistas" ocupam o quarto lugar e estão a apenas três pontos do terceiro. Com 37 pontos, fizeram a sua melhor primeira volta de sempre, contabilizando dez vitórias, um empate e uma derrota nos últimos 12 jogos. Apesar de ter descido um lugar, soma mais um ponto do que na época passada. Quanto ao Vitória, está no sétimo lugar, saltando à vista os menos oito pontos e dois lugares em relação a 2016/17, estando ainda a 14 pontos do arqui-rival.

Em relação aos promovidos Portimonense e Aves, a formação algarvia é quem está melhor, tendo dado nas vistas nos embates com Benfica e Porto: em Lisboa, perdeu pela margem mínima e chegou mesmo a ameaçar o empate; no Estádio do Dragão, foi goleada mas marcou dois golos (uma de apenas duas equipas a consegui-lo até agora).

O Aves está numa posição mais delicada, no 16º lugar, o primeiro acima da zona de despromoção e com dois pontos de vantagem. Comparado com o Portimonense, conseguiu o brilharete de roubar pontos ao líder Porto, por culpa de um empate caseiro alcançado após ter estado a perder.

Nota final, em jeito de curiosidade, para Setúbal e Tondela. Em destaque na Taça da Liga, onde se apurou para a "final four" após ultrapassar um grupo com Benfica e Braga, os sadinos ocupam o último lugar do campeonato e não vencem há oito jogos. Dessa forma, protagoniza a maior descida na tabela, pois há um ano ocupava o décimo posto.

Em situação inversa encontra-se o Tondela, que em 2016/17 escapou à descida graças a uma ponta final de campeonato notável, mas que na actual campanha é o protagonista da maior subida, trocando de posição com o conjunto setubalense.